Draghi remete decisões do BCE sobre estímulos para o outono
O Banco Central Europeu (BCE) vai decidir em outubro sobre o volume dos estímulos monetários, anunciou hoje o presidente da instituição, Mario Draghi.
© Reuters
Economia Frankfurt
"O prazo é o outono. (...) Devemos estar preparados para tomar o essencial das decisões em outubro", afirmou Draghi, que falava em conferência de imprensa, em Frankfurt, após uma reunião do Conselho de Governadores.
Na reunião, o BCE decidiu deixar as taxas de juro inalteradas, com a taxa aplicável às principais operações de refinanciamento a manter-se em zero. As taxas permanecem em mínimos históricos desde março de 2016.
"O Conselho do BCE espera que as taxas de juro diretoras do BCE permaneçam nos níveis atuais durante um período alargado e muito para além do horizonte das compras líquidas de ativos", refere o comunicado divulgado em Frankfurt.
Quanto às medidas de política monetária não convencionais, o banco central afirmou que mantém o seu programa de compra de ativos ao ritmo mensal de 60 mil milhões de euros até ao final de dezembro de 2017, ou até mais tarde, se necessário.
A próxima reunião de política monetária do BCE está prevista para 26 de outubro e nas últimas semanas já se especulava se o BCE anunciaria nessa altura ou se remeteria para dezembro o futuro do seu programa de compra de dívida pública e privada.
Hoje, o Conselho de Governadores já encetou "uma discussão muito preliminar" sobre o assunto, essencialmente para avaliar "as vantagens e desvantagens dos diferentes cenários", declarou Draghi.
"Mas, não foi discutida a sequência", ou seja, as modalidades de uma redução progressiva do programa depois de dezembro, adiantou o presidente do BCE.
Mario Draghi declarou ainda que a "recente volatilidade das taxas de câmbio é uma fonte de incerteza para alcançar o objetivo de estabilidade de preços a médio prazo".
O líder do BCE disse que essa fonte de incerteza "exige observação quanto às suas implicações para as perspetivas a médio prazo da estabilidade de preços".
O euro subiu e ultrapassou 1,20 dólares depois das declarações de Draghi e seguia às 15h45 (hora de Lisboa) a 1,2016 dólares.
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