Arranca cimeira dos BRICS com problemas internos e externos como cenário
Os chefes de Estado e de Governo do bloco das grandes economias emergentes BRICS reúne-se a partir de hoje em Xiamen, na costa leste da China num contexto marcado por problemas internacionais e internos.
© Reuters
Economia Reunião
A nona cimeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) termina na terça-feira.
A reunião de alto nível ocorre no momento em que Brasil, Rússia e África do Sul atravessam um período de crise económica, que no caso brasileiro é "agravado por uma crise política", conforme disse à Lusa Evandro Carvalho, que é também professor de Direito Internacional na Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro
Já China e Índia, os únicos membros que mantêm altas taxas de crescimento económico, atravessam um período de renovada tensão nas relações bilaterais.
Entre junho e a semana passada, soldados dos dois países estiveram frente a frente numa zona disputada entre a China e o Butão - aliado da Índia -, no planalto de Doklam (ou Donglang, em chinês), nos Himalaias.
Para o académico brasileiro, esta disputa fronteiriça é mesmo o "facto mais complexo" da cimeira de Xiamen, que vai envolver um "esforço brutal" de diplomacia entre Pequim e Nova Deli, no qual os outros membros do bloco podem ser "importantes intermediadores".
O grupo reuniu-se pela primeira vez em 2009 - na altura ainda sem a África do Sul - e logo estabeleceu uma agenda focada na reforma da ordem internacional, visando maior protagonismo dos países emergentes em organizações como as Nações Unidas, o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional.
No conjunto, os BRICS representam cerca de 40% da população mundial e 23% do produto global bruto.
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