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Venezuela: Parlamento projeta inflação de 1000% em 2017

O Presidente da Comissão de Finanças do parlamento venezuelano, o economista José Guerra, alertou hoje que a situação venezuelana se agravará nos próximos meses e que a inflação atingirá os 1.000% em finais de 2017.

Venezuela: Parlamento projeta inflação de 1000% em 2017
Notícias ao Minuto

16:00 - 15/08/17 por Lusa

Economia Finanças

"A inflação atual (últimos sete meses) é de 249%, mas a tendência é de atingir os 1.000% para final de ano (...). É a inflação mais alta do mundo, está a moer e a destruir o salário e a capacidade aquisitiva do povo venezuelano", disse aos jornalistas.

Segundo José Guerra, na Venezuela a "situação é de extremada precariedade", com os preços a subirem devido à "criação de dinheiro inorgânico" pelo Banco Central da Venezuela, por instruções do executivo.

"É o impacto da quantidade de dinheiro do Banco Central o que está a criar que um quilograma de massa tenha um preço de 18 mil bolívares (5,15 euros à taxa oficial de câmbio mais alta)", frisou.

Com relação ao sistema de controlo cambial que desde 2003 vigora no país e que impede a livre obtenção local de moeda estrangeira, recomendou ao Governo flexibilizar e transformar as três taxas oficias numa só.

"Unificar os tipos de câmbio, flexibilizar o controlo de preços, ir aos mercados internacionais, refinanciar a dívida pública, travar a impressão de dinheiro e aplicar uma nova política petrolífera", disse.

Por outro lado, explicou que "é dramática" a situação da empresa estatal Petróleos de Venezuela S.A. (Pdvsa), porque a produção está em queda desde há 10 meses e a companhia está "altamente endividada".

"A dívida com fornecedores locais e estrangeiros é praticamente de 20 mil milhões de dólares", frisou, precisando que a produção diária é de dois milhões de barris de petróleo, dos quais entre 500 mil e 600 mil destinam-se ao consumo interno.

Dos 1,4 milhões restantes, explicou, 300 mil vão para a China e outros 300 mil para a Rússia, para o pagamento de financiamentos.

"O que se gera em caixa é um milhão de barris (diários), por isso estamos numa situação de absoluta precariedade", sublinhou.

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