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"Ninguém se pode esquivar" à questão fiscal

O ministro da Economia considerou hoje que "ninguém se pode esquivar" ao entendimento necessário para uma descida de IRC, a fazer "de forma faseada", defendendo que Portugal tem que ter "das fiscalidades para as empresas mais arrojadas da Europa".

"Ninguém se pode esquivar" à questão fiscal
Notícias ao Minuto

17:37 - 17/06/13 por Lusa

Economia Ministro da Economia

De acordo com Álvaro Santos Pereira, que discursava numa conferência, em Matosinhos, organizada pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Portugal não tem "margem orçamental" para baixar o IRC "de uma forma abrupta já", devendo por isso fazê-lo de "uma forma faseada" mas significativa.

"Para tal, é fundamental que os principais partidos do arco da governação cheguem a um entendimento nesta matéria. Ninguém se pode esquivar a este entendimento. E eu penso que ninguém se pode esquivar porque o que está em causa é o país", defendeu.

Na opinião do ministro, Portugal tem "que ter das fiscalidades para as empresas mais arrojadas da Europa" e "o IRC do mais competitivo que existe na Europa".

"Para conseguirmos ter mais investimento nacional e investimento estrangeiro é fundamental baixar os impostos às empresas, é fundamental baixar o IRC. Começando no IRC, depois obviamente alargando à diminuição da carga fiscal para as empresas e para as famílias também", disse, reiterando a necessidade de um acordo de regime nesta matéria.

Considerando os temas da energia e do financiamento fundamentais na estratégia de fomento industrial, Álvaro Santos Pereira defendeu que outra matéria que deve ser alvo de acordo de regime é a questão do sistema dual e de aprendizagem.

"Estamos a trabalhar para aumentarmos a consolidação empresarial. As nossas empresas têm pouca escala, muitas vezes, e se nós queremos mesmo apostar numa internacionalização da nossa economia, temos que fazer com que as nossas empresas aumentem a sua escala", disse, considerando que "não pode ser só Estado a trabalhar nisto" mas também os empresários.

O presidente da CIP, António Saraiva, que discursou antes do ministro, defendeu ser "necessário reduzir a burocracia redundante e, por vezes, obsessiva", considerando que "importa não tomar novas medidas que não acrescentem mais procedimentos e exigências que absorvem tempo e recursos e não se coadunam com a realidade em que as nossas empresas vivem".

"Como o senhor ministro da Economia e do Emprego afirmou recentemente há que cortar nos impostos, nas taxas e na burocracia. É preciso simplificar para sermos mais amigos do investimento", recordou.

Segundo António Saraiva, "um outro sério constrangimento à competitividade são os custos energéticos, pela sua escala e pelo peso que representam na estrutura de custos de muitas empresas industriais".

"Como costumo dizer, a energia não é cara nem barata, ou é competitiva ou não é. Em Portugal a energia, em nosso entender, não é competitiva", disse.

Decorre hoje, em Leça da Palmeira Matosinhos, a segunda conferência do ciclo "Economia Portuguesa - Competitividade e Crescimento", subordinada ao tema "O Movimento de Reindustrialização, a Internacionalização e o Crescimento da Economia".

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