"Estão criadas as condições para BCP ter base de acionistas mais forte"
O presidente executivo do BCP, Nuno Amado, considerou hoje que a aprovação pelos acionistas da alteração do limite de votos de 20% para 30% vai reforçar a base acionista do maior banco privado português.
© Reuters
Economia Nuno Amado
"Mais de 99% [dos acionistas] votaram favoravelmente o alargamento de 20% para 30%, o que cria as condições, logicamente, para haver acionistas com mais de 20% e isso é favorável para o banco", afirmou o gestor, à saída da reunião magna de acionistas que decorreu em Oeiras.
"Todos os grandes acionistas votaram favoravelmente, praticamente todos os acionistas presentes na assembleia-geral votaram favoravelmente, e isso foi muito positivo", reforçou Nuno Amado.
E acrescentou: "Creio que neste momento estão criadas as condições para que haja acionistas que possam aumentar a sua participação. Podendo aumentar a sua participação para lá de 20%, estão criadas as condições para o banco ter uma base de acionistas um bocadinho mais forte, ou algo mais forte, e também apoiarem a própria evolução do banco".
Questionado sobre se a Sonangol já tem autorização do Banco Central Europeu (BCE) para aumentar a sua participação no BCP acima de 20%, Nuno Amado disse que essa pergunta tem que ser feita à petrolífera angolana, mas destacou o voto favorável da empresa na assembleia-geral de hoje.
"Tem que perguntar à Sonangol, mas a Sonangol votou favoravelmente [a alteração do limite de votos], e penso que isso também é positivo", afirmou.
Já sobre a possibilidade de o BCP fazer um reforço de capital a breve trecho, Nuno Amado afirmou que "o banco analisará as consequências" da votação de hoje "para tomar as medidas que tiver que tomar".
"Fá-lo-á seguramente rapidamente e fá-lo-á bem, no sentido da defesa dos interesses do banco, dos acionistas e dos clientes. Vai correr bem", vincou ainda.
Sobre a consumação do reforço da participação da Fosun até aos 30%, Nuno Amado sublinhou que os acordos feitos com a Fosun lhe dão essa "expectativa" e que "agora há que trabalhar nesse sentido e é isso que vai ser feito, muito provavelmente, no início de 2017"
O responsável deixou ainda uma palavra sobre a decisão do banco espanhol Sabadell, que foi até há pouco tempo acionista de referência do BCP, de vender a sua posição no banco português.
"Esta votação ajuda o banco e a saída do Sabadell, que é um parceiro histórico, está feita, a participação que eles tinham no nosso capital está colocada no mercado e, portanto, vamos pensar para a frente e caminhar para 2017 bem, com alguma força e fazendo o que temos de fazer para defender os interesses do banco", rematou o líder do BCP.
Por seu turno, António Menezes Cordeiro, presidente da Mesa da AG do banco, destacou o clima de estabilidade acionista que o BCP agora possui, considerando que se os acionistas de referência quiserem reforçar as suas posições, já o podem fazer.
Já António Monteiro, o 'chairman' [presidente do Conselho de Administração] do BCP, destacou o "reforço da estrutura acionista" do banco e a sua importância para o futuro da entidade.
"Vamos entrar numa nova fase da vida do banco. O nosso projeto é para avançar e vamos avançar", assinalou.
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