CGD tornou-se em "luta política" para "embaraçar" António Costa
Manuela Ferreira Leite criticou, na sua rubrica semanal da TVI24, a forma como o processo relativo à Caixa Geral de Depósitos tem sido usado no palco político.
© Reuters
Economia Ferreira Leite
Manuela Ferreira Leite não concorda com a troca de galhardetes que tem sido feita entre o Governo e a oposição a expensas da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Sublinhando que é preciso muito cuidado quando se fala na situação de bancos, “sejam eles quais forem”, a ex-presidente do PSD alerta que quando se trata de um banco público o cuidado deve ser redobrado.
“É um banco de referência que sabemos que está a passar por um mau bocado. O processo que deu azo à nomeação de uma nova administração e à sua demissão foi um processo que correu bastante mal ao Governo. Ao correr mal transformou-se numa arma de arremesso político”, adiantou Manuela Ferreira Leite.
Nesta senda, “ao invés de durar uma semana, se se puder estender [esta discussão] para duas ou três semanas, melhor um pouco, do ponto de vista político”, criticou.
É do interesse do país que este tema seja serenado
A oposição tem insistido em saber por que razão se demitiu a administração da CGD e Ferreira Leite garante que esse não é um assunto prioritário. “Toda a gente sabe porque é que se demitiram, portanto [isto] não é mais do que uma luta de natureza política para, direi, embaraçar o primeiro-ministro”, sustentou.
No entanto, o mesmo acontece no sentido inverso, e também com relação ao banco público. A divulgação, pelo Tribunal de Contas, do relatório de auditoria sobre o Setor Empresarial do Estado trouxe outra polémica, brotando acusações de má gestão para o anterior Governo.
“Aquilo que o Tribunal de Contas diz que é faltam elementos para informar, não diz que se aqueles elementos vierem são uma aldrabice. Não diz isso”, esclareceu Ferreira Leite. O próprio presidente do TC disse que ao fazerem as afirmações que estão a fazer, sobre o relatório, verdadeiramente não o leram”, acrescentou.
“Estava lá uma frase com a palavra 'falta' e essa falta transformou-se em algo pior que um pecado capital. Aquilo que o primeiro-ministro veio dizer, sobre contas maquilhadas, que houve uma maquilhagem para se sair de uma saída limpa. Um palavrinha deu origem a uma história que parece (...) uma aldrabice, também envolvendo a CGD”, lamentou a comentadora, salientando o perigo de “descrédito” para o banco público.
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