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FMI corta previsões de crescimento da economia mundial em 2016

A economia mundial deverá crescer 3,1% este ano, segundo as projeções do FMI, que antecipa uma aceleração do crescimento em 2017, para os 3,4%, uma revisão em baixa de 0,1 ponto percentual em cada ano.

FMI corta previsões de crescimento da economia mundial em 2016
Notícias ao Minuto

14:07 - 04/10/16 por Lusa

Economia Produção

No 'World Economic Outlook' hoje publicado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) corta as projeções de crescimento da economia mundial tanto para 2016 como para 2017, para os 3,1% este ano e os 3,4% no próximo, previsões que há seis meses eram de 3,2% e 3,5%, respetivamente.

Esta revisão em baixa reflete uma atividade económica mais fraca do que o esperado no segundo semestre deste ano nas economias desenvolvidas, bem como as implicações do referendo no Reino Unido, que determinou a saída do país da União Europeia.

O FMI espera que a recuperação "ganhe algum ritmo em 2017 e depois desse ano, devido essencialmente aos mercados emergentes e às economias em desenvolvimento, à medida que as condições nas economias com problemas se normalizem".

A instituição liderada por Christine Lagarde prevê que as economias emergentes e em desenvolvimento cresçam 4,2% este ano, "depois de cinco anos consecutivos de queda", e refere que este desempenho representa "três quartos do crescimento mundial previsto para 2016". Em 2017, estes países deverão acelerar o ritmo de crescimento para os 4,6%.

No entanto, o Fundo indica que, apesar da melhoria nas condições financeiras externas, as projeções para estas economias "são muito desiguais e em geral mais fracas do que no passado", o que se deve a um conjunto de fatores.

Entre os aspetos identificados estão "o abrandamento da China", "o ajustamento contínuo a mais baixas receitas das matérias-primas numa série de exportadores", "os efeitos de contágio relativos a uma procura reduzida por parte das economias desenvolvidas" e ainda "lutas internas, discórdia política e tensões geopolíticas numa série de países".

O conjunto das economias desenvolvidas deverá crescer 1,6% este ano e 1,8% no próximo, um desempenho que se deve aos "legados da crise financeira global" - como a dívida elevada e o baixo investimento - e ao "fraco crescimento da produtividade".

O desempenho económico dos países desenvolvidos projetado para 2017 deve-se sobretudo "ao reforço da recuperação dos Estados Unidos e do Canadá e à recuperação do Japão devido ao recente estímulo orçamental", uma vez que se espera um crescimento baixo na zona euro e no Reino Unido.

O FMI prevê que os Estados Unidos cresçam 1,6% este ano e 2,2% no próximo, que o Canadá cresça 1,2% em 2016 e 1,9% em 2017, que o Japão cresça 0,5% e 0,6% em 2016 e em 2017, respetivamente, e que o Reino Unido progrida 1,8% em 2016 desacelerando o ritmo de crescimento para os 1,1% no próximo ano.

A zona euro, por seu lado, deverá crescer 1,7% este ano e abrandar para os 1,5% em 2017.

Quanto às projeções de médio prazo, o FMI prevê que a economia global cresça 3,8% em 2021, uma recuperação que "será suportada inteiramente pelos mercados emergentes e pelas economias desenvolvidas" e que também reflete o aumento do peso de grandes economias emergentes no total da economia, como é o caso da China e da Índia, que "estão a crescer muito acima da média mundial".

A China deverá crescer 6,6% este ano e 6,2% no próximo e a Índia deverá apresentar taxas de crescimento económico de 7,6% em cada ano, segundo os números hoje atualizados pelo Fundo.

O FMI considera que os riscos que tinham sido sinalizados em edições anteriores deste relatório semestral "tornaram-se mais pronunciados nos meses recentes", incluindo os que estavam relacionados com "discórdias políticas" ou com a "estagnação secular nas economias desenvolvidas".

Outros riscos, como "o aumento da turbulência financeira e das retiradas de capital nas economias emergentes" parecem ser agora "menos prementes", mas "ainda persistem", escreve o Fundo, sublinhando que, "no geral, os riscos negativos continuam a dominar" estas projeções.

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