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Presidente da NOS critica discurso político de ataque ao investimento

O presidente executivo da NOS disse hoje não ver "com grande otismo" o discurso político em Portugal, de ataque "ao investimento" e "ao capital", e defendeu "iniciativas de incentivo" à captação de investimento estrangeiro para o país.

Presidente da NOS critica discurso político de ataque ao investimento
Notícias ao Minuto

21:03 - 29/09/16 por Lusa

Economia Miguel Almeida

"A evolução da economia portuguesa afeta imenso o nosso negócio, a incerteza da legislação afeta o nosso negócio", afirmou Miguel Almeida, quando questionado sobre como vê a atual situação económica do país, durante o debate do "Estado da Nação das Comunicações", no encerramento do 26.º congresso da APDC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que decorreu em Lisboa.

Instado a comentar uma eventual sobretaxa sobre o setor das telecomunicações, Miguel Almeida afirmou: "Não posso negar que não vejo com grande otimismo o tom do discurso que tem dominado a política em Portugal, um discurso fortemente contra o investimento, com enorme enfoque na distribuição e não na criação de valor de riqueza, um ataque ao investimento, um ataque ao capital, no discurso".

Questionado sobre se se referia ao Governo ou aos partidos que o sustentam, o presidente da NOS respondeu que se referia ao discurso dos partidos que sustentam o executivo e não às medidas.

Já questionado sobre o IRC, Miguel Almeida considerou que "têm de haver iniciativas de incentivo ao investimento, não há capital, tem de se atrair capital estrangeiro", sendo para isso "preciso que os investidores tenham estabilidade legislativa e o Governo tem dado algumas provas que não está a criar estabilidade".

"Não conheço medidas efetivas com resultados" para aumentar o investimento, acrescentou.

A mesma questão foi colocada ao presidente executivo da PT Portugal, Paulo Neves, mas este apenas disse que a empresa vai "continuar a investir na fibra ótica" no mercado português.

"Estamos a fazer isso e mantemo-lo-emos enquanto tivermos condições regulatórias e administrativas", acrescentou.

O presidente executivo da PT Portugal recordou que medidas como as que foram impostas aos circuitos da Madeira e dos Açores, que levaram a uma redução do preço, que apontou como medidas "administrativas", podem "limitar o investimento" da empresa.

Já o presidente dos CTT, Francisco de Lacerda, considerou que "uma economia que não cresce é muito difícil para qualquer atividade económica" e partilhou da mesma posição de Miguel Almeida de que é preciso "criar riqueza".

"O crescimento é um desafio fundamental e infelizmente as estatísticas mostram que não está a crescer. Estamos todos insatisfeitos", salientou.

Por sua vez, o presidente da Vodafone Portugal, Mário Vaz, lembrou que o setor está cair "pelo oitavo ano", apontando que as "telecomunicações são estruturais para a economia" e que "também recebem de volta se houver retorno".

"Não é pelas telecomunicações que a eocnomia não cresce e como um dia disse Camões, este país foi a cabeça da Europa", concluiu.

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