Quando ninguém esperava, a OPEP chocou o mundo do petróleo
As reuniões informais na Argélia durante esta semana não tinham como objetivo chegar a um acordo, mas a verdade é que depois de um dia de conversas, o tão pretendido entendimento chegou.
© Reuters
Economia Matérias-Primas
O Irão e a Arábia Saudita tinham deitado 'baldes de água fria' sobre os investidores esperançosos num acordo de limitação de produção da OPEP, mas em menos de 24 horas, tudo mudou.
A tão esperada aproximação entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo acabou por acontecer em Argel e, durante a noite de ontem, os representantes máximos da união anunciaram um inesperado acordo de corte de produção.
Os atuais 33,4 barris de petróleo produzidos por dia passarão a ser entre 32,5 e 33 milhões já no próximo ano, uma redução que a OPEP espera ser suficiente para recuperar os preços para níveis rentáveis.
Para conseguir convencer Teerão, os representantes russos e sauditas tiveram de concordar que o Irão ficasse isento do corte, tal como acontece com a Nigéria e a Líbia. As negociações entre OPEP e Rússia já se arrastavam desde o início deste ano, altura em que o petróleo caiu para os preços mais baixos dos últimos 20 anos devido à oferta excessiva.
A reação dos mercados foi de euforia total: o preço do crude e do brent disparou mais de 5% na sessão de ontem, naquela que acabou por ser a melhor sessão do ano para o petróleo nos mercados internacionais.
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