Ministro imune a lobbies fala de "óptima relação entre ministérios"
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, admitiu esta terça-feira na SIC que está sujeito a "lobbies" em várias frentes e que "é muito natural que vários sectores façam pressões sobre o Ministério da Economia", nomeadamente os banqueiros. Contudo, o governante garante que as reformas avançam independentemente das pressões e assegura que "existe uma óptima relação entre os vários ministérios".
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Economia Santos Pereira
“Se não tivermos crescimento e emprego, a Europa não terá futuro”, afirmou o ministro da Economia, em entrevista à SIC, onde insistiu na importância do ‘memorando para o crescimento e emprego’ apresentado hoje por ele próprio, após um Conselho de Ministros extraordinário que durou mais de sete horas.
Questionado sobre o futuro do País no curto prazo, Álvaro Santos Pereira não quis avançar com previsões mas sublinhou sim a urgência de existirem metas. “Acho que o que temos de fazer é preparar o País e a Europa para voltarmos a crescer, como com este tipo de medidas. Previsões são previsões e o que temos de ter é um rumo”, disse o governante.
A propósito de um dos principais eixos deste novo memorando, o do financiamento à economia, Santos Pereira frisou que a CGD terá um papel de maior relevo. “Pensamos que a CGD devia estar a liderar o financiamento da economia nacional e das PME”, referiu, adiantando que “o Estado é o único accionista e é fundamental que as directivas da carta de missão sejam seguidas” pelo banco público.
Questionado sobre se tem sentido pressões de banqueiros, o ministro da Economia disse que tem “lobbies em todas as portas”. “Como o Ministério da Economia tem várias áreas, é muito natural que vários sectores façam pressões sobre o Ministério da Economia”, afirmou, acrescentando: “Temos pressões desde o primeiro dia, mas não é por isso que deixámos de fazer as reformas e também vamos avançar com esta”.
Comentando as diversas notícias que dão conta de um mal estar no seio do Governo de coligação e de várias discordâncias em pontos fundamentais, Santos Pereira frisou que a estratégia de crescimento e fomento industrial “contou com forte participação do Ministério das Finanças”, e sublinhou que “existe uma óptima relação entre os vários ministérios e o que se fala cá fora muitas vezes não é verdade”.
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