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Brasil: Governo descarta aumento de impostos em 2017
O ministro-chefe da Casa Civil do Brasil, Eliseu Padilha, descartou hoje um aumento de impostos no próximo ano para atingir a meta fiscal, mas alertou que serão necessários cortes nas despesas.
© Reuters
Economia Eliseu Padilha
"Não vamos aumentar impostos em 2017. Essa é uma decisão já tomada pelo Governo", disse Eliseu Padilha, frisando que, neste momento, a sociedade brasileira "não tem condições" de aceitar um aumento de taxas.
O governante, citado pela imprensa brasileira, falava após apresentar o balanço dos Jogos Olímpicos 2016, junto do presidente da câmara municipal do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na cidade carioca.
O ministro justificou que, para descartar o aumento tributário, o Executivo vai basear-se numa projeção de um aumento de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) na proposta de orçamento para 2017, contra uma projeção inicial de 1,2% do PIB.
Além disso, alertou, serão necessários cortes de gastos, que deverão atingir os diversos sectores da economia.
O ministro-chefe da Casa Civil também voltou a advogar reformas na segurança social para controlar o défice do Brasil, que aravessa uma recessão profunda.
O governante alertou que a dívida pública é muito elevada: "Esse percentual já está em cerca de 70% [do PIB]. Se nada for feito, projeções indicam que vai chegar a 80% ou 90%, o que tornaria o Brasil ingovernável".
O Executivo interino trabalha com uma meta de défice primário de 170,5 mil milhões de reais (46,797 mil milhões de euros) para este ano e de 139 mil milhões de reais (38,15 mil milhões de euros) para o próximo.
Só após a votação da destituição da Presidente suspensa, Dilma Rousseff, que deverá ocorrer na próxima semana, é que o Governo quer voltar a discutir com os parlamentares a aprovação de reajustes salariais para várias categorias de funcionários públicos, acrescentou.
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