Em Amesterdão, os preços das casas dispararam para máximos históricos
Numa das capitais europeias da moda, nunca se viram preços como os atuais. Estrutura única do mercado parece ter causado um desequilíbrio com efeitos cada vez mais claros.
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Economia Europa
"O mercado das casas em Amesterdão mostra sinais de sobreaquecimento." As palavras são de um especialista em imobiliário holandês, que deu a conhecer à Bloomberg as causas do recente pico nos preços das habitações na capital.
Depois de uma queda progressiva de 14% nos custos das casas entre o início da crise em 2008 e o ano de 2013, o mercado imobiliário começou a recuperar a força em 2014 e com o início de 2016 a trazer mais uma valorização significativa, os preços já ultrapassaram os anteriores máximos pré-colapso do Lehman Brothers.
Contabilizando os últimos dois anos e o primeiro trimestre de 2016, os preços médios das casas em Amesterdão já subiram cerca de 36%, uma variação explicada pela procura crescente e por uma oferta limitada. A maior parte das habitações na capital holandesa são detidas por organizações sem fins lucrativos e servem como habitação social, reduzindo o número de habitações disponíveis.
Devido à crise e às quedas de preços depois de 2008, muitas famílias preferiram não vender as casas e hoje em dia, a falta de oferta provoca uma luta entre compradores que faz aumentar os preços médios.
A facilidade de obter financiamentos junto dos bancos também permite maior liquidez e ofertas mais generosas dos compradores. Sem obrigatoriedade de pagar entrada nas compras de casas e nos empréstimos e com taxas historicamente baixas, os holandeses não sentem dificuldades para se financiar e acabam por ter maior margem para comprar casas caras.
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