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Acordo no BPI não está fechado. Ainda há "elementos pendentes"

A empresária angolana Isabel dos Santos, que controla 20% do Banco BPI, realçou hoje que ainda há "elementos pendentes" nas negociações que decorrem com o CaixaBank, o grupo espanhol que é o maior acionista do banco português.

Acordo no BPI não está fechado. Ainda há "elementos pendentes"
Notícias ao Minuto

21:00 - 16/04/16 por Lusa

Economia Isabel dos Santos

"A proposta do CaixaBank para adquirir o controlo do BPI ainda está para ser finalmente acordada. Isabel dos Santos, que detém 20% do BPI, acredita que ainda há elementos pendentes que precisam de ser resolvidos", lê-se num comunicado da 'Santoro Finance', 'holding' angolana controlada por Isabel dos Santos e a segunda maior acionista do banco liderado por Fernando Ulrich.

"Tenho esperança de que as negociações em curso serão concluídas com êxito, no melhor interesse de todas as partes", refere Isabel dos Santos, citada no comunicado.

Segundo o documento, "a posição de Isabel dos Santos é que a participação atual do BPI no BFA [Banco de Fomento Angola] seja reduzida e que as ações do BFA sejam admitidas à cotação em bolsa".

Para Isabel dos Santos "isso poderia acontecer através da dispersão das ações [do BFA] numa bolsa de valores adequada. Seria no melhor interesse de todos os acionistas, em Portugal e no resto do mundo".

No comunicado, a Santoro Finance sublinha que "esta situação resultou de uma decisão do BCE [Banco Central Europeu] de que o BPI deve reduzir a sua exposição ao Banco de Fomento Angola (BFA). No presente momento, o BPI detém 50,1% do BFA".

Os restantes 49,9% do BFA estão nas mãos da Unitel, empresa de telecomunicações angolana que também é controlada por Isabel dos Santos.

O BPI anunciou em 10 de abril que as negociações entre os catalães do CaixaBank e a 'Santoro Finance' foram concluídas com sucesso, permitindo resolver a "situação de incumprimento pelo Banco BPI do limite de grandes riscos".

Estes dois acionistas do BPI - o Caixabank, com 44,10% do capital social do banco e a Santoro com 18,58% - tinham até ao final do dia de domingo para chegar a um acordo que cumprisse a redução do excesso de exposição a Angola estipulada pelo BCE.

Este acordo é necessário uma vez que o BCE considera Angola um dos países que não têm regulação e supervisão semelhantes às existentes na União Europeia, pelo que o BPI tinha de ajustar a sua exposição àquele mercado.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu na segunda-feira a negociação das ações do BPI na bolsa de Lisboa até à divulgação de mais informações sobre o acordo fechado no domingo e esta é a primeira comunicação feita ao mercado desde então.

A suspensão da negociação dos títulos do BPI manteve-se durante toda a semana e os detalhes do acordo anunciado pelo banco português ainda não são conhecidos, sendo possível perceber, face à informação hoje lançada pela 'Santoro Finance', que o mesmo ainda não está 100% fechado.

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