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Operadores de viagens e hotelaria esperam que recuperação consolide

O ano 2016 deverá "consolidar" a recuperação iniciada em 2014 nas viagens de lazer dos portugueses e na hotelaria nacional, antecipando os operadores um crescimento homólogo de 7% a 8% nas viagens e de 5% a 10% nos hóspedes.

Operadores de viagens e hotelaria esperam que recuperação consolide
Notícias ao Minuto

06:45 - 01/03/16 por Lusa

Economia Turismo

"No final deste ano poderemos estar a chegar a níveis de antes da crise, mas ainda estamos a falar de recuperação. Tivemos uma queda muito acentuada e [desde 2014] temos tido crescimentos pouco acentuados, mas a consolidarem-se, que é o mais importante", afirmou o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, em declarações à agência Lusa.

Salientando que a recuperação progressiva que se tem vindo a registar "está alicerçada, sobretudo, num crescimento da confiança dos consumidores", o responsável alerta que "tudo dependerá da estabilidade política e de algumas forças exógenas, nomeadamente alguma instabilidade internacional que se pode reativar ou não".

"Mas, se tudo se mantiver com os dados que temos hoje, esperamos um crescimento do lazer dos portugueses, com uma variação positiva estimada entre 7% e 8% este ano", disse.

Relativamente aos destinos preferidos dos portugueses, Pedro Costa Ferreira acredita que "não haverá grandes diferenças" face aos anos anteriores, até porque "o mercado português, apesar de não ser de grande dimensão, é já bastante maduro e os destinos estão relativamente consolidados".

"O consumo interno vai continuar a aumentar. Sabemos que o Algarve vai ser um grande êxito, mas a procura internacional está a aumentar muito, pelo que esperemos que não haja problemas com as férias dos portugueses", afirmou, aproveitando para aconselhar quem quer passar férias a Sul este ano "a reservar o mais cedo possível, de maneira a garantir que existem camas disponíveis".

Ainda assim, o presidente da APAVT considera existir atualmente "uma nova oferta muito qualificada ao longo de todo o território português" - desde o Alentejo ao Centro e Norte de Portugal e às ilhas - que acredita que "os portugueses vão aproveitar".

No que diz respeito às viagens de médio curso, Pedro Costa Ferreira aposta numa manutenção do "triunfo de Cabo Verde, que é um destino que, quer no verão, com férias, quer no inverno, com 'short breaks' [estadias curtas], se tem revelado um êxito permanente".

Já no longo curso, o destino "Caraíbas, sobretudo pelo peso da oferta 'charter', este ano vai ser ainda mais significativo", antecipou.

Ao nível da hotelaria, o presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT), Rodrigo Pinto Barros, apontou à Lusa "boas perspetivas de continuação de crescimento, em linha com o ano passado", após "quatro anos menos bons para o setor".

"As perspetivas são de consolidação de Portugal como destino turístico, beneficiando de algumas incertezas noutros mercados, nomeadamente no Oriente/Ásia, com alguma melhoria no Revpar (receita por quarto disponível) e com as taxas de ocupação a subirem ligeiramente, para cerca de 70%", disse.

Para este ano, a meta apontada pela APHORT é de um crescimento dos hóspedes "de 5% a 10% face a 2015", antecipando-se um aumento dos turistas estrangeiros e também dos turistas residentes.

"Relativamente aos turistas internos vai depender da evolução da economia, mas acredito que este ano, mais uma vez, os portugueses vão optar por ficar em Portugal em detrimento de outros destinos internacionais, o que irá beneficiar as empresas portuguesas de hotelaria e restauração", afirmou.

O destaque será para o Algarve, "mas também para a região Norte e para um pouco por todo o Portugal, que hoje está mais equilibrado em termos de oferta turística, com todas as regiões a apresentarem já produtos bastante interessantes para os mercados interno e externo".

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