Mais de metade dos 10,7 milhões de espetadores não pagaram bilhete
O Instituto Nacional de Estatística (INE) indicou hoje que em 2014 realizaram-se 29.666 sessões de espetáculos ao vivo com um total de 10,7 milhões de espetadores, dos quais 4,3 milhões pagaram bilhete.
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Globalmente, segundo o INE, as receitas geradas com estes espetáculos foram de 70,5 milhões de euros, com uma subida de um por cento nas sessões, 20,8% nos espetadores, 13,7% nos bilhetes vendidos, e 17,4% nas receitas de bilheteira.
No ano passado, o preço médio por bilhete registou um aumento de 3,3%, significando que o valor do ano anterior (15,9 euros) passou para 16,4 euros no conjunto dos espetáculos realizados.
De todas as modalidades de espetáculos, o teatro continuou a apresentar maior número de sessões (39,8% do total), mas foi a música que registou mais espetadores (5,2 milhões) e receitas de bilheteira (44 milhões de euros), a que correspondeu um preço médio por bilhete de 21,2 euros.
Das modalidades de música continuaram a destacar-se os concertos de música rock/pop a que assistiram 2,2 milhões de espetadores, gerando receitas de bilheteira no valor de 30 milhões de euros (mais 3,5 milhões de euros do que no ano anterior), continuando a ser a modalidade com maior representatividade (42,5%) no total das receitas de todas as modalidades de espetáculo consideradas pelo INE.
Nas categorias "outro estilo de música e multidisciplinares" (cada uma com cerca de 1,1 milhão de espetadores) e a música popular e tradicional portuguesa (839,3 mil).
As modalidades de espetáculo com menor número de espetadores foram a ópera (42,4 mil), recitais de coros (100,6 mil) e dança clássica (116,4 mil).
Considerando o preço médio do bilhete de ingresso, os concertos de música rock/pop registaram o preço médio mais elevado (29,9 euros), seguindo-se o circo (29,4 euros), jazz/blues (16,5 euros) e dança clássica (15 euros).
As modalidades que praticaram o preço médio mais baixo foram os recitais de coros (3,8 euros) e o folclore (4,3 euros).
Os espetáculos ao vivo realizaram-se maioritariamente no período noturno (60% das sessões tiveram início após as 18 horas) com 68,1% do total de espetadores, faturando mais de três quintos (63,3%) do total das receitas de bilheteira.
Por região, destacaram-se a Área Metropolitana de Lisboa e o Norte, que concentraram 70,4% e 19,9% das receitas totais, e 34,4% e 35,8% de espetadores, respetivamente.
No que respeita ao preço médio do bilhete das modalidades de espetáculos consideradas, evidenciaram-se a Área Metropolitana de Lisboa (22 euros), Alentejo (16,6 euros) e o Norte (10,1 euros) com os preços médios mais elevados.
Relativamente ao cinema, o número de recintos que enviou informação ao ICA - Instituto do Cinema, e do Audiovisual (de acordo com o projeto de informatização das bilheteiras) foi de 168, correspondendo a 545 écrans e 105.058 lugares, segundo o INE.
Nestes recintos foram exibidos 1.048 filmes (dos quais 313 em estreia), tendo-se realizado 569 884 sessões de cinema, com um total de 12,1 milhões de espetadores e 62,7 milhões de euros de receitas de bilheteira.
Face ao ano anterior, realizaram-se mais 39 mil sessões (6,9%), continuando a verificar-se decréscimos no número de espetadores (3,6%) e nas receitas de bilheteira (4,2%).
O número de espetadores de cinema tem vindo a apresentar uma tendência decrescente desde 2002, ano em que foram registados 19,5 milhões de espetadores, mas a situação tem vindo a reverter-se gradualmente desde janeiro deste ano.
Do total de filmes exibidos, 21,8% eram filmes norte-americanos, correspondendo a 56,4% das sessões, 57,3% de espetadores e 56,9% do total das receitas de bilheteira (no ano anterior representavam cerca de 63% de espetadores e das receitas de bilheteira).
Os 385 filmes portugueses (36,7% do total) foram exibidos em 11% das sessões, tendo registado 4,6% de espetadores e 4,4% das receitas de bilheteira, verificando-se um acréscimo relativamente ao ano anterior (122 filmes exibidos com 3% de espetadores e receitas de bilheteira).
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