Fechar grandes superfícies ao domingo? APED saúda "chumbo sensato"

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) mostrou-se hoje satisfeita com a "decisão sensata" de chumbar as propostas que previam o encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados e o limite da sua atividade até às 22 horas.

Diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier

© Global Imagens

Lusa
27/06/2025 16:12 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

APED

"Estamos satisfeitos que tenha havido uma decisão sensata por parte dos grupos parlamentares e esperamos que o assunto fique adormecido. Trata-se do desenvolvimento da sociedade, da economia e da liberdade de escolha dos consumidores", afirmou o secretário-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, em declarações à Lusa.

 

Um grupo de cidadãos apresentou uma proposta de alteração ao regime dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais.

Esta proposta, subscrita por mais de 23.000 pessoas, previa o encerramento do comércio aos domingos e feriados e a redução do período de funcionamento destes espaços até às 22 horas.

PSD, PS, IL e CDS-PP votaram hoje contra esta proposta, o Chega absteve-se e as restantes forças políticas votaram a favor.

O Bloco de Esquerda apresentou um projeto de lei que também tinha em vista o encerramento das grandes superfícies comerciais aos domingos e feriados.

O diploma contém uma exceção para os cinemas e estabelecimentos de restauração.

Este projeto foi rejeitado pelo PSD, Chega, IL e pelo CDS-PP, enquanto os restantes partidos votaram a favor.

"Julgo que este tipo de propostas não conhece a realidade, a vontade das famílias e estão agarradas a uma vontade ideológica que não corresponde ao país, ao consumidor e àquilo que as famílias querem para as suas vidas", apontou Gonçalo Lobo Xavier.

Para a APED, imperou assim o bom senso e a liberdade de escolha dos consumidores, insistindo que um hipotético encerramento dos centros comerciais aos domingos e feriados poria em risco cerca de 16.000 postos de trabalho direitos e mais alguns indiretos.

Por outro lado, destacou o impacto social, uma vez que o fim de semana é o período em que os consumidores mais fazem as suas compras.

A isto acrescem as consequências para o emprego em 'part-time', sobretudo para os jovens que usam o fim de semana para ganharem um extra.

"São os próprios sindicatos que nos dizem que os fins de semana são fundamentais para o rendimento dos trabalhadores", sublinhou.

Lobo Xavier disse respeitar muito todas as iniciativas de cidadãos, mas lembrou que este tema tem sido levado ao parlamento "de forma insistente" nos últimos anos.

Leia Também: AR chumba encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados

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