Novas obras chinesas em África valem mais de 30 mil milhões
Os contratos assinados por empresas chinesas em África superaram os 43 mil milhões de dólares no ano passado, subindo 40% face aos valores do ano anterior, de acordo com a revista Africa Review.
© Lusa
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Num artigo assinado pelo diretor da Inter Region Economic Network, James Shikwati, assinala-se que os 43 mil milhões de dólares, um pouco mais de 31 mil milhões de euros, representam uma subida de 40% face aos novos acordos assinados em 2012.
"Em termos de comércio, os chineses são agora o maior parceiros comercial de África, e o comércio bilateral entre a China e o continente africano estava estimado em 200 mil milhões de dólares em 2013", escreve o publisher da revista African Executive.
Os números, medidos em milhares de milhões, são impressionantes, mas ainda mais visível é a presença dos chineses em África, que, até 2012, já tinham "construído 270 projetos de infraestrutura em 51 dos 55 países africanos", de acordo com a mesma fonte.
Os números oficiais confirmam: o comércio entre África e a China "ultrapassou os 200 mil milhões de dólares em 2013 pela primeira vez, tornando a China no maior parceiro comercial de África", anunciou o presidente chinês, Xi Jinping, em meados de março, quando recebeu em Pequim o seu homólogo do Senegal.
O crescimento de 44% do Investimento Direto da China em África "é também um testemunho da renovada e infindável vitalidade da amizade sino-africana, do potencial da cooperação e das excelentes perspetivas para a nova parceria estratégica sino-africana", acrescentou o responsável da segunda maior economia mundial, cujo crescimento tem acompanhado o apetite pelos recursos naturais africanos para alimentar o crescimento económico.
Os números do Japão, por seu lado, são inferiores. De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros nipónico, em 2012 o Japão já tinha dado 1,8 mil milhões de dólares em Ajuda Oficial para o Desenvolvimento e o investimento das empresas japonesas tinha passado os 6,2 mil milhões de dólares no final de 2012.
Na V Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África (TICAD V), em junho do ano passado, o primeiro-ministro, Shinzo Abe, comprometeu-se com uma ajuda financeira de dez mil milhões de dólares (7.670 milhões de euros) a África nos próximos cinco anos, numa tentativa de recuperar terreno sobre a China: atualmente, os chineses têm cinco vezes o volume de trocas comerciais e oito vezes o investimento direto estrangeiro do Japão.
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