UGT diz que resultados do acordo são positivos mas avisa que está atenta
A UGT faz um balanço positivo do que foi conseguido através do acordo de Concertação Social, mas avisa que está atenta e empenhada no seu cumprimento, rejeitando os que tentam denunciá-lo e afastando-se de agendas a que não aderiu.
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Economia UGT
Numa resolução aprovada hoje por unanimidade, em que se congratula com a decisão do Presidente da República de não promulgar o diploma do Governo para a aceleração da carreira dos professores, a central sindical afirma "claramente que os compromissos assumidos [no acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, salários e completividade] estão a valer a pena", apontando os resultados obtidos ao nível dos aumentos salariais, mas lembra que o acordo vai até 2026 e que é preciso cumpri-lo.
"Pelos aumentos salariais negociados, pela subida do valor do trabalho suplementar, mas também por via da redução da carga fiscal sobre o trabalho, sobretudo para jovens, e pela alteração às tabelas de retenção, conseguiu travar-se a perda de poder de compra que se viveu em 2022 e aumentar o rendimento disponível dos portugueses", lê-se na resolução, para referir que estes "são resultados do acordo assinado na Concertação Social que quem trabalha sente já todos os meses".
Ainda assim, avisa que vai estar atenta e empenhada no cumprimento do acordo, ao mesmo tempo que rejeita o discurso daqueles que o tendo subscrito "estão num constante exercício de quase denúncia".
"Não aceitaremos que os empregadores, depois de colherem benefícios, possam vir a afastar-se das metas traçadas no acordo -- no que concerne aos salários em geral, mas também quanto à trajetória do salário mínimo -- nos anos em que a inflação abrande", refere o texto da resolução.
Acentuando que não fecha a porta à reivindicação, como não a fecha ao diálogo, a UGT afirma que não se deixa arrastar "para agendas a que não aderiu, sobretudo quando associadas a derivas que, a coberto de pseudo-aumentos salariais 'fáceis' e de afirmações de que o problema dos salários em Portugal é apenas um problema fiscal, tentam fazer com que aqueles aumentos sejam pagos pelo Estado e por todos os portugueses".
Neste contexto, afirma que exigirá a concretização de medidas como a fixação da isenção fiscal da compensação paga em teletrabalho, um efetivo desagravamento do IRS ou da criação de um benefício fiscal para a realização de formação profissional.
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