"Pela necessidade de identificar com rigor os prejuízos decorrentes da deterioração de equipamentos, instalações e matérias-primas, a AHRESP está a realizar um inquérito às empresas para a recolha desta informação, a fim de a partilhar com as autarquias às quais foram solicitadas reuniões", adiantou a associação, num comunicado enviado às redações.
As adversas condições climatéricas que assolaram em grande escala vários municípios portugueses provocaram "graves danos" em empresas de restauração, similares e alojamento turístico, impossibilitando, em muitos casos, o normal funcionamento dos estabelecimentos, referiu.
A dimensão dos prejuízos causados obriga, por isso, segundo a associação, à disponibilização de soluções urgentes.
Por este motivo, a AHRESP já solicitou reuniões com caráter de urgência junto das autarquias mais afetadas para avaliar a dimensão dos danos e identificar os mecanismos mais eficientes para a substituição de equipamentos e a consequente reabertura dos espaços.
"As tradicionais festas natalícias e de passagem de ano, muito importantes para a tesouraria das nossas empresas, após dois anos de restrições por culpa da covid-19, voltam a ser prejudicadas por força das intempéries com prejuízos avultados devido ao seu encerramento forçado", lamentou.
A AHRESP sublinhou ainda o "grande sacrifício" que as empresas têm vindo a atravessar e o empenho e resiliência com que ultrapassam as adversidades.
A Proteção Civil registou mais de 7.950 ocorrências em território nacional, das quais 4.841 inundações, e 88 desalojados desde a semana passada, quando começou o quadro de instabilidade meteorológica.
Num ponto de situação feito hoje à agência Lusa, com dados desde as 00:00 do dia 07 e até às 08:00 de hoje, José Costa, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), disse que estiveram envolvidos nas operações 29.651 operacionais e 9.803 meios terrestres.
As pessoas desalojadas "entretanto podem já ter sido realojadas ou estar em centros de apoio à população", acrescentou.
Houve ainda 961 quedas de árvores, 573 quedas de estruturas e 527 movimentos de massa (deslizamentos de terras), 15 salvamentos terrestres e 10 salvamentos aquáticos.
Os distritos mais afetados foram Lisboa, com 4.281 ocorrências, Setúbal (849), Santarém (461), Coimbra (343) e Portalegre (307).
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