Maioria das reclamações dos CTT deve-se a desalfandegamento
O presidente executivo dos CTT garantiu hoje, no parlamento, que a maioria das reclamações da empresa está ligada ao processo de desalfandegamento, que segue um guião "mais exigente" do que o utilizado noutros países.
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Economia CTT
"O grosso das reclamações vem do processo de desalfandegamento, que tem por base um guião da Autoridade Tributária, que é mais exigente do que na maioria dos países", afirmou João Bento, que falava numa audição parlamentar na comissão de Economia, a requerimento do PSD, alertando que tal pode levar à perda de serviço, que é encaminhado para outras geografias.
Conforme exemplificou, se hoje efetuarmos ou recebermos uma encomenda de fonte extracomunitária, com informação insuficiente, é necessário ir a um portal resolver essa questão.
No entanto, "se houve informação eletrónica de que a encomenda vem num determinado voo e depois, no aeroporto de origem, esse voo for mudado, a Autoridade Tributária não permite que a mesma seja libertada".
Tal só é possível quando for indicado o voo correto e alterada a informação.
Soma-se ainda a exigência de que a pessoa que enviou a encomenda confirme essa informação, apontou o responsável dos CTT.
Ainda assim, João Bento reconheceu que a empresa tem "muitas reclamações", estando a trabalhar para alterar este cenário.
Durante a sua intervenção inicial, o presidente dos CTT defendeu que o setor dos correios, a nível mundial, está em "profunda transformação", impactado pela pandemia e pela digitalização.
João Bento lembrou que o pico dos correios, em Portugal, ocorreu no início do século, com seis milhões de cartas entregues por dia e um rácio de cartas por encomenda de um para 30.
Hoje, são apenas entregues dois milhões de cartas por dia.
Perante esta descida, os operadores optaram por reduzir também a sua atividade ou transformar-se para acompanhá-la, opção que João Bento disse ter sido tomada pelos CTT.
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