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Novos empregos? Têm salário médio de 830 euros e 71% são precários

Em Portugal começaram a trabalhar 478.500 assalariados no último trimestre de 2021, 71% dos quais com um vínculo precário, a ganharem em média 830 euros, o que a CGTP considera insuficiente para uma vida digna.

Novos empregos? Têm salário médio de 830 euros e 71% são precários
Notícias ao Minuto

10:53 - 24/02/22 por Lusa

Economia CGTP

A CGTP divulga hoje uma análise feita com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a que a agência Lusa teve acesso, que tem como objetivo rebater declarações recentes de representantes empresariais que se queixam de falta de mão de obra em vários setores.

Segundo a central sindical, os dados que pediu ao INE relativos ao 4.º trimestre de 2021, mostram uma realidade muito distinta da apresentada pelos representantes patronais, porque os empregos oferecidos continuam a ser maioritariamente precários e com baixos salários.

A Intersindical sustenta a sua afirmação no facto de, no período em análise, dos 478.500 trabalhadores que começaram a trabalhar por conta de outrem em Portugal, 341.800 (71%) terem um vínculo precário.

Salientando que os dados do INE relativos ao 4.º trimestre de 2021 apenas têm valores para 384 mil trabalhadores, a CGTP verificou que no emprego criado neste período os salários eram em média de 830 euros, um valor bastante inferior aos 1.136 euros apontados num estudo recente como o "rendimento que permite um nível de vida digno no nosso país (...) para cada membro de um casal com dois filhos".

Segundo a CGTP, 70% dos trabalhadores que começaram a trabalhar entre outubro e dezembro do ano passado ganhavam menos de 900 euros.

De acordo com os dados facultados pelo INE, a maior parte dos trabalhadores, um total de 221 mil, situava-se, em termos remuneratórios, no intervalo entre os 600 e abaixo dos 900 euros.

"Se alargarmos a análise à totalidade do ano de 2021, recorrendo às ofertas de emprego publicadas pelo IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional], verificamos que grande parte dos empregadores que recorre ao IEFP continua a contratar pelo salário mínimo nacional (SMN), incluindo para postos de trabalho que exigem elevado nível de qualificações e até licenciaturas", afirma a CGTP na sua análise.

A média salarial total dos salários oferecidos foi de 670,67 euros, ou seja, 5,67 euros acima do SMN então em vigor.

"Ainda que haja uma influência dos trabalhos a tempo parcial, o que fica patente é que, ao contrário do que vem sendo afirmado, continuam a ser impostos salários de miséria à larga maioria dos trabalhadores em Portugal, com a consequente desvalorização das carreiras e profissões", considera a Inter.

Segundo os dados do IEFP relativos ao número de trabalhadores colocados em 2021 e respetivos salários médios por categoria profissional, foram, nomeadamente, colocados 220 diretores de serviços administrativos e comerciais com um salário médio de 979,6 euros e 496 técnicos das tecnologias de informação e comunicação com um salário médio de 731,7 euros.

Na mesma tabela do IEFP consta a colocação de 875 profissionais de saúde com um salário médio de 788,7 euros, a colocação de 470 professores com um salário médio de 952,5 euros e a colocação de 4.437 trabalhadores de limpeza com um salário médio de 638,5 euros.

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