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José Abraão quer renovar a UGT e aproximá-la dos trabalhadores

O candidato a secretário-geral da UGT José Abraão quer renovar e aprofundar o projeto sindical da central, promover a unidade interna e a aproximação aos trabalhadores nos locais de trabalho, prometendo continuar a ser um sindicalista do terreno.

José Abraão quer renovar a UGT e aproximá-la dos trabalhadores
Notícias ao Minuto

08:51 - 11/11/21 por Lusa

Economia UGT

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) e da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, que no sábado disputa com Mário Mourão a liderança da tendência sindical socialista (TSS) da UGT, garantiu à agência Lusa que a sua disponibilidade é total para assumir a liderança da central sindical e trabalhar para reforçar o seu papel na sociedade.

O presidente da TSS eleito no congresso de sábado será, por inerência, o candidato a secretário-geral da UGT, que será eleito no XIV congresso da central sindical, previsto para abril de 2022, sucedendo então a Carlos Silva.

"A minha disponibilidade é total, é uma das minhas mais-valias, assim como a experiência ao nível da negociação coletiva", disse Abraão em entrevista à Lusa.

Se for eleito, como espera, o sindicalista deixará a liderança do SINTAP e da FESAP para se dedicar em exclusivo à UGT porque acredita que só assim poderá "contribuir para valorizar o projeto" sindical e aprofundar a ligação da central aos trabalhadores.

"Quanto mais perto dos trabalhadores estivermos, melhor é para travar novos movimentos inorgânicos que surgem e não são muito desejáveis nem úteis", defendeu.

A aproximação aos trabalhadores é também, segundo o sindicalista, fundamental para o reforço dos sindicatos.

"É também essencial para o futuro do movimento sindical a proximidade dos locais de trabalho, mesmo com a aceleração da digitalização e do teletrabalho, a proximidade continua a ser um elemento determinante, decisivo, seja no contexto da UGT, seja no contexto da TSS", considerou José Abraão.

Outra das suas apostas para a UGT é a sua renovação e rejuvenescimento, nomeadamente motivando os jovens e as mulheres a participarem mais nas estruturas sindicais, de forma a poderem substituir os atuais dirigentes quando estes deixarem o sindicalismo, garantindo o reforço dos sindicatos e o papel da negociação coletiva e do diálogo social.

"Acredito que este projeto sindical é insubstituível e imprescindível, no nosso país e na Europa, mas só terá condições para continuar se nós nos mobilizarmos melhor, se melhorarmos e valorizarmos a nossa democracia interna", disse José Abraão, defendendo que o projeto da UGT pode e deve ser reforçado para contribuir para uma sociedade mais justa.

O sindicalista manifestou ainda o desejo de "contribuir para uma grande unidade no espaço que é a UGT, plural e democrático", e disse ter "um enorme orgulho em estar incluído neste projeto há muitos anos".

Como líder da UGT quer também contribuir para melhorar as condições de vida e de trabalho dos portugueses, nomeadamente ajudar no combate à pobreza e à exclusão social, assim como à precariedade laboral.

"Eu nunca fui um sindicalista de secretária, sou um sindicalista do terreno, de plenários, de estar próximo das pessoas", disse, acrescentando que uma das suas prioridades "é estar ao serviço da UGT e dos trabalhadores, a tempo inteiro".

José Abraão lembrou que foi um dos fundadores da UGT e de um dos seus sindicatos fundadores e que sempre colaborou com o seu projeto sindical e na promoção do diálogo social.

Iniciou-se no sindicalismo numa federação da área dos escritórios, da zona norte, tendo então negociado muitos contratos coletivos de trabalho de vários setores.

Atualmente, José Abraão dedica entre 14 e 16 horas por dia ao trabalho sindical e pretende continuar a fazê-lo na liderança da UGT, se for eleito pelos sindicalistas socialistas da central.

O sindicalista tem também novas ideias para a liderança da TSS, considerando "importante valorizar o debate construtivo" no seu seio, reativar a atividade na tendência sindical, que "tem de ser representativo do projeto sindical" da UGT.

José Abraão disse que decidiu candidatar-se à liderança da TSS e da UGT há cerca de ano e meio quando o atual secretário-geral, Carlos Silva, anunciou que não se recandidataria ao cargo, e a dada altura foi o próprio Carlos Silva que o incentivou e motivou a candidatar-se.

Leia Também: Socialistas da UGT escolhem José Abraão ou Mário Mourão para líder

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