Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 15º MÁX 23º

Socialistas da UGT escolhem José Abraão ou Mário Mourão para líder

Os sindicalistas José Abraão e Mário Mourão disputam no sábado a liderança da tendência sindical socialista (TSS), numa eleição que definirá também o candidato a secretário-geral da UGT em 2022, num congresso marcado pela novidade de existirem duas candidaturas.

Socialistas da UGT escolhem José Abraão ou Mário Mourão para líder
Notícias ao Minuto

06:09 - 11/11/21 por Lusa

Economia UGT

Os dois candidatos manifestaram otimismo quanto aos resultados das respetivas candidaturas após os muitos contactos feitos nas últimas semanas com estruturas sindicais da UGT de todo o país e setores de atividade.

José Abraão, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) e da Federação Sindical da Administração Pública (Fesap) desde 2013, disse à agência Lusa que conta com os apoios formais dos socialistas do Mais Sindicato, ex-Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, e do Sindicato dos Trabalhadores dos Escritórios e Serviços (Sitese).

Mário Mourão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN), ex-Sindicato dos Bancários do Norte, desde 2005, também tem tido contactos e reuniões e disse que conta com o apoio, entre outros, do Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel) e do Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (Sindetelco).

O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública anunciou no dia 16 de setembro que se ia candidatar à liderança da UGT, em carta aos dirigentes das estruturas sindicais da central, apelando à unidade, em prol da qual pretende trabalhar.

Mas José Abraão já tinha manifestado a sua disponibilidade para se candidatar quando, há cerca de ano e meio, o atual secretário-geral da UGT, Carlos Silva, reafirmou que não se recandidataria à liderança da central.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal anunciou em 23 de setembro a sua candidatura à liderança da UGT, salientando "o papel insubstituível" da central na luta contra os despedimentos e defesa dos direitos dos trabalhadores.

Nessa data, Mário Mourão enviou uma carta ao presidente da tendência sindical socialista da UGT (TSS/UGT), Carlos Silva, a anunciar a sua candidatura à presidência da tendência e, por inerência, a secretário-geral da central.

Esta é a primeira vez que a presidência da TSS/UGT conta com mais do que uma candidatura, ou seja, é a primeira vez em 43 anos de existência da UGT que a liderança da central é disputada.

Cabe ao congresso da tendência sindical socialista eleger, através de voto secreto, quem será o seu presidente e consequentemente o candidato a secretário-geral da UGT.

Normalmente é o presidente eleito da tendência sindical socialista que se candidata posteriormente ao cargo de secretário-geral da UGT, embora estatutariamente possam apresentar-se outros candidatos no congresso da central, desde que reúnam os apoios necessários, mas isso nunca aconteceu na história da UGT.

O XIV congresso da UGT deveria ter-se realizado em abril, mas foi adiado, devido à pandemia da covid-19, para abril do próximo ano.

Carlos Silva é até sábado o presidente da TSS, lugar que ocupa há oito anos, os mesmos que tem como secretário-geral da UGT.

Eleito no XII congresso da UGT, em abril de 2013, Carlos Silva, que era presidente do Sindicato dos Bancários do Centro, substituiu o histórico João Proença, que liderou a TSS e a central sindical durante 18 anos.

João Proença foi o segundo secretário-geral da UGT e sucedeu a José Manuel Torres Couto.

Os órgãos sociais da UGT resultam normalmente da negociação entre as tendências sindicais socialista e social-democrata.

Dado que os socialistas têm a maioria dentro da UGT, indicam o secretário-geral a eleger no congresso, enquanto os social-democratas indicam o presidente a votar.

A social-democrata Lucinda Dâmaso, dirigente do Sindicato dos Professores da Zona Norte, é a presidente da UGT desde há oito anos.

Criada em 28 de outubro de 1978, numa Assembleia Constitutiva em que foram aprovados os seus estatutos e a declaração de princípios provisórios, a UGT viria a transformar-se formalmente em central sindical em janeiro do ano seguinte.

A criação da segunda central sindical do país resultou de um movimento surgido em 1976, o "Movimento Carta Aberta", que criticava a atuação da Intersindical.

Em janeiro de 1979, realizou-se no Porto o primeiro congresso da UGT, em que o socialista Torres Couto foi eleito secretário-geral e o social-democrata Miguel Pacheco escolhido para presidente.

Leia Também: José Abraão considera que momento político prejudica os trabalhadores

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório