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Financiamento da banca junto do BCE dispara 85% em 2020 devido à pandemia

O refinanciamento dos bancos portugueses junto do Eurosistema disparou 85% em 2020 face a 2019, atingindo 32.200 milhões de euros, devido à pandemia, abaixo do aumento na zona euro que foi de 187%, informou hoje o BdP.

Financiamento da banca junto do BCE dispara 85% em 2020 devido à pandemia
Notícias ao Minuto

14:23 - 20/05/21 por Lusa

Economia BCE

"As instituições de crédito da área do euro recorreram significativamente às novas operações disponibilizadas pelo Eurosistema, tendo-se verificado no final de 2020 um aumento de 187% do montante das operações de cedência de liquidez por comparação com 2019", lê-se no Relatório da Implementação da Política Monetária de 2020 do Banco de Portugal (BdP), hoje divulgado.

Segundo o banco central, "esta realidade também se observou em Portugal, com o valor obtido pelas contrapartes portuguesas junto do Banco de Portugal nas operações de política monetária de cedência de liquidez a atingir 32.200 milhões de euros, mais 85% que no final de 2019".

O aumento na zona euro foi de 187% para 1.793,1 milhões de euros.

As operações TLTRO III (terceira série de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas) são apontadas como "as principais responsáveis pelas flutuações observadas", já que "a quase totalidade das operações vivas corresponde a liquidez cedida por prazos alargados".

O BdP explica que esta evolução traduz a "reação imediata do Eurossistema" à pandemia de covid-10 e aos seus impactos económicos, "com o objetivo de contribuir para a estabilização dos mercados financeiros e garantir a disponibilização de crédito à economia".

"Foi necessário reforçar o caráter acomodatício da política monetária com a introdução de novas medidas, que garantiram condições de financiamento adequadas ao setor financeiro, a provisão de crédito à economia e a estabilização dos mercados financeiros", refere.

Neste sentido, foram alteradas as condições da terceira série de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (TLTRO-III), criadas operações adicionais associadas à pandemia (PELTRO) e introduzidos ajustamentos no enquadramento de ativos de garantia, alargando o conjunto de ativos aceites.

Foi ainda reforçado o programa de compra de ativos em vigor ('Asset Purchase Programme' - APP) e lançado um novo programa mais flexível para responder à crise pandémica ('Pandemic Emergency Purchase Programme' - PEPP), cujo envelope financeiro foi sendo sucessivamente incrementado ao longo do ano.

Em paralelo, o Banco Central Europeu (BCE) manteve os níveis das suas taxas de juro oficiais em mínimos históricos.

De acordo com o BdP, o aumento do recurso às operações de cedência de liquidez foi acompanhado pelo reforço dos ativos entregues em garantia, "facilitado pelas medidas de flexibilização do enquadramento de ativos de garantia".

O aumento dos ativos entregues em garantia em Portugal foi de cerca de 15.000 milhões de euros (mais 29% do que em 2019), para um total de 67.000 milhões de euros no final de 2020.

Já na área do euro, o total de ativos de garantia mobilizados pelas contrapartes cresceu 68%, ascendendo a cerca de 2.600 milhões de euros a 31 de dezembro passado.

"As obrigações hipotecárias e a dívida pública continuam a ter um peso significativo no conjunto dos ativos mobilizados na área do euro, ainda que em termos globais os empréstimos bancários constituam agora o ativo predominante", precisa o BdP. 

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