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BCE reúne-se hoje após subida dos juros das dívidas soberanas

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) reúne-se hoje e discutirá a subida dos juros da dívida soberana europeia, que pode criar condições de financiamento mais desfavoráveis para as empresas e famílias na zona euro.

BCE reúne-se hoje após subida dos juros das dívidas soberanas
Notícias ao Minuto

06:21 - 11/03/21 por Lusa

Economia BCE

Na última reunião de política monetária, o BCE decidiu manter o volume de compras de dívida e deixar inalteradas as taxas de juro para apoiar a economia da zona euro.

A comunicação que o BCE fará na sequência da reunião do Conselho de Governadores de hoje será um elemento fundamental para os mercados, de acordo com três análises de diferentes setores consultados pela Lusa.

A Allianz Global Investors foca-se na mensagem a passar pelo BCE, referindo o analista Franck Dixmier que "os analistas vão estar extremamente atentos à comunicação" do banco central liderado por Christine Lagarde.

"Uma falta de firmeza ou clareza na mensagem pode criar um evento de mercado", alerta o analista da seguradora, referindo que a reunião "é aguardada com grande expetativa, dado o contexto do mercado obrigacionista", apesar de não serem esperadas "medidas concretas".

Henrique Tomé, analista da corretora XTB, disse à Lusa que "a conferência de [Christine] Lagarde será um ponto chave a ser acompanhado para se perceber se a presidente do BCE avança com novas 'pistas' sobre possíveis alterações na flexibilização monetária".

Referindo que "o mercado está atento às eventuais mudanças em torno da política monetária do BCE", o analista da corretora lembra que "os membros do BCE continuam divididos a respeito da decisão de eventualmente surgir um aumento do ritmo de compras de títulos na zona euro".

"A reunião do BCE poderá manter a política monetária inalterada", antecipa Henrique Tomé à Lusa.

Já uma nota breve do BPI acerca da reunião adianta que "o BCE irá subir de tom perante o aumento das 'yields' [taxas de rendimento] soberanas".

Acerca da inflação, os aumentos de janeiro e fevereiro na zona euro "foram um pouco mais elevados do que o BCE esperava e é provável que a inflação se mantenha volátil ao longo de 2021, o que representa um desafio de comunicação para o BCE (especialmente se, como estimamos, a volatilidade da inflação for mais elevada em algumas economias do que noutras)".

O BPI também antecipa que "o BCE manterá as taxas de juro no nível atual e não alterará a dimensão do seu programa de compra de ativos".

"Contudo, é muito provável que expresse desconforto com o recente pico das 'yields' soberanas (alguns membros já o fizeram nas suas intervenções públicas) e aumente o ritmo das compras líquidas implementadas com o PEPP [Programa de Compras de Emergência Pandémica", pode ler-se na nota do banco.

Quanto às previsões macroeconómicas que serão revistas, o BPI nã espera "grandes alterações", mas "o enfoque será nas novas projeções para a inflação, que estabelecerão a magnitude e a persistência da volatilidade esperada" por Frankfurt.

Nos últimos dias a taxa de rendimento dos títulos do tesouro têm aumentado, o que tem levado a uma depreciação do euro face ao dólar.

Os juros da dívida alemã também têm subido, depois de o BCE ter sinalizado que não aumentaria o ritmo de compras ao abrigo dos programas em curso.

Os mercados esperavam que o BCE aumentasse o volume semanal de compras de títulos de emergência pandémica para travar a subida das 'yields', mas na semana passada comprou 11.898 milhões de euros em dívida, menos que na semana anterior (12.037 milhões de euros).

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