Desempenho da economia foi "mais favorável" do que o esperado
Porém, o novo confinamento obrigará a uma revisão das estimativas para este ano, algo que tinha sido já assumido pelo Executivo.
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O Ministério das Finanças sublinhou, esta terça-feira, que o desempenho da economia em 2020 foi "mais favorável" do que o que as previsões antecipavam, o que se reflete, por sua vez, no mercado de trabalho. Porém, o novo confinamento obrigará a uma revisão das estimativas para este ano, algo que tinha sido já assumido pelo Executivo.
"O desempenho da atividade económica mais favorável do que esperado está também refletido no mercado de trabalho. A taxa de desemprego no ano de 2020 deverá ficar substancialmente abaixo da prevista em outubro (8,7%)", refere o Ministério das Finanças, em comunicado.
Sublinha ainda o gabinete do ministro João Leão que o "dinamismo da atividade económica, na segunda metade do ano, teve igualmente efeitos positivos na receita fiscal. A receita fiscal em 2020 deverá ficar substancialmente acima do previsto quer no Orçamento Suplementar de junho quer no Orçamento do Estado para 2021. Neste âmbito, destaca-se a evolução do IRS que, apesar da pandemia, deverá apresentar um crescimento homólogo em 2020", pode ler-se.
Por outro lado, o novo confinamento no arranque de 2021 "terá efeitos negativos na atividade económica nos primeiros meses do ano, que implicarão uma evolução anual menos favorável do que anteriormente antecipado", reforça a tutela.
Num ano marcado pela pandemia da Covid-19, a economia portuguesa registou uma contração histórica do produto interno bruto (PIB) de 7,6% no conjunto de 2020, de acordo com os dados preliminares divulgados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor é, ainda assim, melhor do que as previsões.
O Governo apontava para uma contração económica de 8,5%, ao passo que a Comissão Europeia e o Conselho das Finanças Públicas esperavam uma queda de 9,3% do PIB, estando o Fundo Monetário Internacional mais pessimista (-10,0%).
Mais otimistas estavam o Banco de Portugal (BdP) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que apontaram para uma queda do PIB de 8,1% e 8,4%, respetivamente.
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