Banco Africano aprova 46 milhões a Moçambique e S. Tomé e Príncipe
O Fundo Africano de Desenvolvimento anunciou hoje a disponibilização de 138 milhões de dólares para ajudar Moçambique, Maláui, Madagáscar e São Tomé e Príncipe a combaterem a pandemia de covid-19.
© Lusa
Economia Banco Africano
O Fundo Africano de Desenvolvimento, a entidade no âmbito do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vocacionada para ajudar os países mais pobres, vai disponibilizar a Moçambique 36,85 milhões de euros, enquanto São Tomé e Príncipe beneficiará de 9,21 milhões de euros, de acordo com uma nota do BAD enviada hoje à Lusa, num total de 118 milhões de euros que incluem também Maláui e Madagáscar.
"Ao abrigo do pacote financeiro, conhecido como o Programa de Apoio e Resposta Multi-País à Covid-19, foram acordadas medidas com os governos que incluem o fortalecimento dos sistemas de saúde para lidar com o aumento das hospitalizações e aumento dos testes, a expansão dos sistemas de proteção social para proteger as populações mais vulneráveis e para a entrega de dinheiro às micro, pequenas e médias empresas", adianta a nota desta instituição.
Na explicação desta ajuda financeira, que se divide entre doações e empréstimos concessionais, ou seja, a taxas de juro mais baixas que as praticadas pela banca e com maturidades maiores, o BAD diz que "tal como na maior parte de África, a fraca capacidade de testagem nestes países significa que os casos registados podem ser menores que a extensão da propagação da infeção, tornando difícil planear a reabertura das economias".
A diretora em exercício para a África Austral, Josephine Ngure, citada no comunicado, afirmou que "durante estes tempos inéditos, é essencial que os governos na região ajam de forma coordenada para proteger as populações mais vulneráveis e lancem as fundações para uma recuperação rápida a seguir à pandemia".
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções e de mortos (2.350 casos e 51 mortos), apesar de ter revisto em baixa os casos após vários dias sem atualizações, seguida de Cabo Verde (2.154 casos e 21 mortos), Guiné-Bissau (1.949 casos e 26 mortos), Moçambique (1.582 casos e 11 mortos), Angola (812 infetados e 33 mortos) e São Tomé e Príncipe (746 casos e 14 mortos).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 617.500 mortos e infetou mais de 15 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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