Injeção extraordinária no SNS visa "chegar ao fim do ano" com dívida zero
O Governo injetou de "forma extraordinária" mais 152 milhões de euros nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para redução dos pagamentos em atraso, disse hoje à Lusa o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
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Economia SNS
Segundo Francisco Ramos, esta verba faz parte de um reforço global de 445 milhões de euros este ano nos hospitais, que visa contribuir para "a redução dos pagamentos em atrasos em 2019 e chegar ao fim do ano a zero ou muito próximo de zero".
"Estamos a falar de um crescimento do orçamento do Serviço Nacional de Saúde de 600 milhões de euros em relação a 2018", disse, adiantando que ao longo do primeiro semestre esse orçamento foi reforçado em 445 milhões de euros, 280 milhões decididos em fevereiro e 152 milhões decididos e executados esta semana.
Relativamente ao primeiro reforço extraordinário de 280 milhões de euros para os hospitais regularizarem as dívidas, Francisco Ramos disse que ainda está a ser executado, tendo cerca de 90 milhões de euros chegado esta semana aos hospitais.
A esse reforço acrescem agora os 152 milhões de euros que foram transferidos na quinta-feira para alguns hospitais, adiantou.
O governante avançou que os ministérios da Saúde e das Finanças estão a trabalhar no sentido de haver "mais algum reforço financeiro, nomeadamente dos hospitais para prosseguir o esforço de redução da dívida".
Os ministérios das Saúde e das Finanças comentaram em comunicado que esta é uma medida de "grande alcance" para reforçar a situação financeira" do SNS.
Outra medida anunciada prende-se com a conclusão do plano financiamento do Plano de Liquidação de Pagamentos em Atraso de 2019, que permite que, "a partir agora, 855 milhões de euros de dívida relativa a 2018 deixem de onerar o orçamento de 2019 do SNS na sua capacidade de assumir novos compromissos que sejam necessários para a sua atividade".
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