Comissão Europeia quer contribuir para assegurar legitimidade da troika
A Comissão Europeia quer dar o seu contributo para melhorar o funcionamento da 'troika' nos países sob assistência, assim como a sua legitimidade e responsabilização, disse hoje o comissário europeu dos Assuntos Económicos.
© DR
Economia Olli Rehn
Questionado, à margem da apresentação das previsões económicas de outono, sobre a audição pública sobre a 'troika' - intitulada 'sucessos e falhanços nos países em crise' -, Olli Rehn comentou que, "relativamente ao trabalho das três instituições -- Comissão, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI)", o executivo comunitário, pela sua natureza, já é claramente mais responsabilizável, perante o Parlamento Europeu, mas admitiu ser possível melhorar.
O comissário europeu disse estar não só disponível como "desejoso" de ter "um diálogo construtivo com o Parlamento Europeu" sobre formas de "melhorar o funcionamento da 'troika'", assim como a forma como a Comissão e os seus parceiros reportam à assembleia.
"É muito importante para a democracia na Europa assegurar a legitimidade das nossas ações", reconheceu.
Na última sessão plenária, em outubro passado, o Parlamento Europeu aprovou um relatório da eurodeputada portuguesa Elisa Ferreira no qual defende que um novo modelo deverá integrar-se numa "estrutura juridicamente sólida, ao abrigo da legislação europeia", e garantir o controlo democrático.
A médio prazo, "seria preferível um sistema exclusivamente europeu", ou seja, sem o envolvimento do FMI, sustentou a assembleia, que instou a Comissão a elaborar propostas nesse sentido.
Os eurodeputados exortaram ainda a 'troika' a rever a sua estratégia de comunicação, "que repetidamente se revelou desastrosa".
Na audição de hoje no Parlamento estarão representantes da Comissão e do BCE.
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