Lucro da REN cai 8,1% em 2018 para 115,7 milhões
A REN -- Redes Energéticas Nacionais registou 115,7 milhões de euros de lucro em 2018, menos 8,1% do que no ano anterior, foi hoje anunciado.
© REN
Economia Energia
"A REN registou um resultado líquido de 115,7 milhões de euros em 2018, um recuo de 8,1% penalizado principalmente pela maior taxa de imposto efetiva a qual, com a manutenção da Contribuição Especial para o Setor Energético (CESE), ascendeu a 42%", disse, em comunicado, a empresa liderada por Rodrigo Costa.
Por sua vez, o EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) totalizou 492,3 milhões de euros, mais 1% do que no período homólogo.
Na apresentação de resultados, enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa adiantou que a evolução do EBITDA se deveu, sobretudo, "à consolidação da Portgás (34,2 milhões de euros). Adicionalmente, houve uma contribuição positiva da venda do negócio de GPL [Gás de Petróleo Liquefeito] (3,7 milhões de euros) e do resultado da Electrogas [aumento de 0,7 milhões de euros]".
A REN referiu também que este indicador foi "afetado pela redução da remuneração dos ativos", com uma queda de 35,3 milhões de euros, "na sequência dos parâmetros definidos para o atual período regulatório da eletricidade e da descida das taxas de rendibilidade das Obrigações do Tesouro".
"A REN registou em 2018 um sólido desempenho financeiro, sustentado no recuo do custo médio da dívida para 2,2% face aos 2,5% registados em 2017", lê-se no comunicado. A dívida líquida reduziu-se em 3,7% para 2,653 mil milhões de euros, segundo revelou a empresa.
O capex (investimento) atingiu os 121,9 milhões de euros, uma redução de 21,6% face ao período homólogo.
O RAB médio (base regulada de ativos) da companhia registou um decréscimo de 2,4% no ano passado, fixando-se em 3,832 mil milhões de euros.
Já o resultado financeiro atingiu os 57,8 milhões de euros negativos, uma melhoria de 5,7% face a 2017.
"Apesar de termos esta redução de resultado líquido, consideramos que, do ponto de vista operacional, foi um ano muito bom. Em relação à pressão que temos, a remuneração dos nossos ativos baixou e temos, em permanência, crescimento das amortizações", disse o presidente da REN, Rodrigo Costa, durante a apresentação de resultados.
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