O laço amarelo que Pep Guardiola tem feito questão de usar ao longo dos últimos meses, em sinal de protesto contra a prisão de responsáveis pela declaração da independência da Catalunha, continua a merecer dura contestação por parte da Federação inglesa (FA).
O organismo já abriu um inquérito disciplinar ao treinador do Manchester City devido ao assessório, mas, este domingo, à margem de uma reunião em Zurique, o presidente Martin Glenn foi ainda mais longe na oposição ao uso de “símbolos políticos em equipamento de futebol”.
“Reescrevemos a Lei 4 para que coisas como a poppy [flor de papoula usada em homenagem aos soldados que perderam a vida em combate] fossem aceites, mas coisas que sejam altamente fraturantes ou símbolos religiosos… Pode ser a Estrela de David, pode ser o martelo e a foice, pode ser a suástica, pode ser o Robert Mugabe. Não queremos essas coisas”, atirou, em declarações reproduzidas pela estação televisiva britânica Sky Sports.
“E, para ser honesto e muito claro, o laço amarelo de Pep Guardiola é um símbolo político, é um símbolo da independência catalã, e posso dizer-vos que há muitos espanhóis, não-catalães, que estão chateados. A única coisa que estamos a fazer é aplicar as leis do jogo. As poppies não são símbolos políticos, aquele laço amarelo é. Onde se coloca o limite? Podemos ter alguém com um símbolo da UKIP [Partido de Independência do Reino Unido] ou do ISIS?”, rematou.