O português Paulo Duarte assumiu hoje a ambição de colocar a Guiné-Conacri entre as grandes potências africanas e na final da edição de 2027 da Taça das Nações Africanas (CAN2027), um dia depois de ser apresentado como selecionador.
"Assumir o comando da seleção da Guiné [Conacri] é um desafio que abraçamos com ambição e responsabilidade: queremos construir uma nova identidade de jogo, formar homens e colocar a Guiné entre as grandes potências africanas", afirmou Paulo Duarte, em declarações à Lusa.
O treinador português, de 56 anos, foi apresentado oficialmente na terça-feira, após assinar um contrato por dois anos com a federação guineense, depois de ter deixado os sauditas do Al Kholood.
"Não se trata apenas de futebol; é um projeto de reestruturação e orgulho nacional, onde cada guineense possa sentir-se representado e preparado para sonhar com a final da CAN em 2027", vincou, em referência à competição que será coorganizada por Quénia, Tanzânia e Uganda.
Paulo Duarte, que como jogador passou grande parte da carreira na União de Leiria, tendo ainda sido defesa central de Salgueiros e Marítimo, assume a quarta seleção africana, depois das experiências no Burkina Faso, entre 2008 e 2009, entre 2010 e 2012 e entre 2016 e 2018, no Gabão, em 2012 e 2013, e no Togo, de 2021 até 2024.
Além das seleções e da 'sua' União de Leiria, Paulo Duarte orientou ainda os franceses do Le Mans, os tunisinos do Sfaxien e os angolanos do 1.º de Agosto.
A Guiné-Conacri conta 14 presenças na CAN, tendo como melhor resultado o segundo lugar alcançado em 1976, num formato com duas fases de grupos e sem jogo da final, tendo chegado cinco vezes aos quartos de final, incluindo na última edição, em 2023.
Em 2025 vai estar ausente da fase final da principal competição africana de seleções, depois de ter terminado o apuramento no terceiro lugar do Grupo H, atrás da RD Congo e da Tanzânia.
No apuramento para o Mundial2026, a Guiné-Conacri ocupa atualmente o quinto lugar do Grupo G de qualificação africana, com sete pontos em seis jogos, atrás da Argélia, que lidera, com 15, e de Moçambique, segunda, com 12, quando faltam quatro jornadas para o final.
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