Franjo Ivanovic concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal belga DH, no qual 'abriu o livro' relativamente aos motivos que o levaram a trocar o Union Saint-Gilloise pelo Benfica, num negócio que motivou um investimento na ordem dos 22,8 milhões de euros, podendo este ascender aos 25,8 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos.
"Senti que a direção me queria mesmo e que estavam dispostos a pagar a quantia que o Union estava a pedir. Recebi outras propostas, mas tive a melhor sensação com o Benfica, que é conhecido por levar jovens jogadores a um nível mais elevado. A partir desse momento, não houve outra opção a não ser assinar por este clube. E expliquei diretamente ao Union que queria concretizar esta transferência", afirmou.
"Senti, verdadeiramente, que entrei num novo mundo. Quando cheguei ao aeroporto, apercebi-me imediatamente da grandeza do Benfica, já que tinha uma multidão de pessoas à espera para me cumprimentarem. Vou precisar de tempo para me habituar a tudo isto. Há adeptos em todo o lado pela cidade, as pessoas são, verdadeiramente, loucas por futebol. E sentes a enorme rivalidade pelo Sporting quando andas pela cidade", acrescentou.
O 'stress' das negociações
O internacional croata assumiu, ainda, que viveu com algum nervosismo a demora nas negociações entre ambos os clubes, numa altura em que chegou, inclusive, a ser associado... ao interesse do Sporting, que procurava fazer face à saída de Viktor Gyokeres para o Arsenal, numa operação que pode superar a barreira dos 76 milhões de euros.
"Enquanto jogador, sofres muito, porque não sabes o que é que vai acontecer. Podes ir para este ou para aquele clube, mas não tens poder sobre as negociações entre as direções... Antes do jogo da Supertaça da Bélgica, contra o Club Brugges [derrota, por 1-2], disse a [treinador, Sébastien] Pocognoli, que me sentia bem e que queria jogar", referiu.
"Na semana seguinte, as negociações começaram a tornar-se cada vez mais sérias, e não me sentia mentalmente preparado para jogar, contra o Antuérpia [empate a uma bola]. Não foi um período fácil, mas tudo acabou bem, e estou muito satisfeito pelo facto de ter sido alcançado um acordo", completou.
De olhos... no pós-Benfica
O avançado de apenas 21 anos de idade confessou, ainda, ter sido lançado por Bruno Lage logo na condição de titular, logo no jogo da primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, onde acabou por marcar o golo que abriu caminho ao triunfo sobre o Nice, no Allianz Riviera, por 0-2: "Não esperava estar no onze inicial, porque só tinha treinado por três vezes com a equipa. Agora, o objetivo é vencer tudo, em Portugal, com este clube".
"A minha primeira ambição é impor-me, no Benfica. Nós queremos conquistar todos os títulos, em Portugal, e apurar-nos para a Liga dos Campeões. Seja no Rijeka ou no Union, nunca me foi dado tempo, e será igual, no Benfica. Depois, o meu objetivo é jogar pelos maiores clubes do mundo. O Benfica é o passo perfeito para dar outro passo na minha carreira, no futuro", rematou.
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