Jesus não é o único. José Boto 'transforma' Flamengo e é caso de sucesso

Após passagens dignas de registo por Sporting e Benfica, José Boto assumiu o cargo de diretor desportivo do Flamengo em dezembro de 2024 e tem sido o grande responsável por contratações de nomes sonantes para o emblema do Rio de Janeiro. Posiciona-se, assim, como exemplo a seguir no Brasil.

José Boto, Flamengo

© Gilvan de Souza / CRF

Miguel Simões
03/08/2025 07:16 ‧ há 2 dias por Miguel Simões

Desporto

Brasil

Pouco mais de sete meses após ter sido anunciado como novo diretor desportivo do Flamengo, José Boto não tardou em dar que falar no Brasil (e não só), por força do trabalho digno de registo desempenhado desde que chegou ao Rio de Janeiro.

 

O último português a dar dar vistas no Mengão havia sido Jorge Jesus - até porque Paulo Sousa não 'vingou' como certamente desejaria -, porém, noutro cargo, chegou a ver do experiente dirigente luso aplicar os sábios conhecimentos obtidos ao longo do seu percurso no mundo do futebol, algo que até já mereceu destaque na imprensa europeia.

Apesar das dificuldades internas do Flamengo, José Boto já mostrou estar apto para 'fintar' tais problemas e a prova disso têm sido os sonantes reforços que já convenceu a deixarem a elite europeia para se mudarem para um dos clubes mais conceituados do Brasileirão. Vamos aos nome?

O mais recente de todos foi Samuel Lino, que passou mesmo a ser a contratação mais cara da história do emblema carioca, a troco de 22 milhões de euros (mais dois em variáveis). O ex-Gil Vicente destacou-se no Atlético de Madrid e aceitou regressar ao Brasil, mas a verdade é que nem só de dinheiro se fazem as 'transformações' do diretor desportivo português, numa premissa sustentada por dados divulgados pela sua assessoria de imprensa.

A custo zero, já chegaram ao Flamengo grandes jogadores como Danilo (ex-FC Porto), Jorginho (ex-Chelsea e Arsenal) e Saúl Ñíguez (ex-Atlético de Madrid). Outro jogadores a reforçar o Mengão foram Juninho Vieira (ex-Estoril e Desportivo de Chaves), por 5 milhões de euros, bem como Emerson Royal (ex-AC Milan), por 9 milhões, sendo que também Jorge Carrascal (ex-River Plate) está a ser negociado por 12 milhões de euros com o Dynamo Moscovo.

Recorde-se que, sobre Emerson Royal, José Boto sublinhou mesmo o esforço em conseguir garantir mais um craque que deu que falar no futebol europeu: "Não foi uma contratação fácil. Isto é um pouco mais difícil do que jogar Football Manager. Existem três partes: a parte do jogador, a parte do Flamengo e depois o outro clube. Tiraram-nos umas horas de sono, mas conseguimos”, esclareceu, em declarações citadas no jornal Correio Braziliense.

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Contas feitas, falamos de um leque de contratações que se aproxima, assim, da casa dos 50 milhões, sendo que, em sentido inverso, já foram encaixados mais de 70 milhões de euros em vendas, desde as saídas de Gerson (25 milhões de euros) e Fabrício Bruno (7 milhões de euros) para Zenit e Cruzeiro, respetivamente, às transferências respetivas de Wesley (25 milhões, mais 5 em bónus) e Carlos Alcaraz (15 milhões, mais três em bónus) para AS Roma e Everton.

O passado (também) é de sucesso

Aos 59 anos, José Boto 'dá cartas' no Brasil, mas para lá chegar teve de se destacar noutras paragens, numa carreira no mundo do futebol que se dividiu entre o cargo de treinador e as funções de scouting. Para além de ter sido técnico em equipas como Loures e Sacavenense, foi ainda olheiro do Sporting entre 1997 e 2001, até que se notabilizou como chefe de scouting do Benfica, entre 2007 e 2018, sob a liderança de Luís Filipe Vieira.

Durante esse período, ao emblema da Luz chegaram grandes nomes como Witsel, Matic, Enzo Pérez, David Luiz, Ángel Di María, Lazar Markovic, Rodrigo Moreno, Ramires, Javi García, Fábio Coentrão, Nélson Semedo, Ederson, Nico Gaitán e Oblak, sendo que todos eles foram de tal forma valorizados que conduziram a vendas astronómicas por parte do Benfica. A juntar a esses exemplos, através da formação, saíram outros exemplos como Bernardo Silva, Iván Cavaleiro, Gonçalo Guedes, Renato Sanches e Hélder Costa a gerar significativos encaixes para as águias, num total de quase... 500 milhões de euros.

Terminada a sua passagem por Portugal, José Boto aventurou-se como diretor desportivo dos ucranianos do Shakhtar Donetsk (2018-2021), dos gregos do PAOK (2021-2023) e dos croatas do NK Osijek (2023-2024), até que rumou ao Flamengo, em dezembro de 2024, para ser mais um português a fazer história no Flamengo - já depois de ter visto Jorge Jesus, experiente treinador de 71 anos, a arrecadar um Brasileirão (2019), uma Libertadores (2019), uma Taça do Brasil (2020) e uma Recopa sul-americana (2020).

Leia Também: José Boto envolto em polémica no Brasil: "Digo diretamente. É mentiroso"

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