A atual detentora do troféu Inglaterra, a Alemanha, recordista de títulos, e a campeã mundial Espanha, estão com os olhos postos na conquista do Campeonato da Europa 2025 feminino de futebol, no qual Portugal participará pela terceira vez consecutiva.

As inglesas, que além de serem detentoras do troféu conquistado em casa, em 2022, são vice-campeãs do Mundo, estão inseridas no Grupo D com França, Países Baixos e País de Gales, num torneio que vai decorrer na Suíça, entre 02 e 27 de julho.

A seleção dos 'três leões', atual quinta posicionada na hierarquia mundial, que conta a experiente Lucy Bronze na defesa e a goleadora Alessia Russo no ataque, deverá reinar rumo aos 'quartos', ainda que as neerlandesas, campeãs em 2017, e as francesas, na 10.ª posição do ranking, possam intrometer-se na luta pelo primeiro lugar.

Já o País de Gales irá tentar sobreviver, com a passagem a avizinhar-se uma miragem, uma vez que só as duas primeiras seleções da cada grupo se apuram para a fase seguinte.

Outras seleção com grandes hipóteses de ser feliz em solo helvético é a Alemanha, que apesar de já não erguer o troféu desde 2013, naquele que foi o oitavo título europeu no palmarés, será uma das nações a tentar, no mínimo, chegar à final.

Se em 2017, nos Países Baixos, a campeã do Mundo em 2003 e 2007 desiludiu ao ficar-se pelos quartos de final, perdendo para a finalista dessa edição Dinamarca, em 2022, em Inglaterra, só acabou derrotada precisamente para a seleção dos 'três leões' e após prolongamento (2-1), em Wembley.

Apesar do estatuto, a Alemanha, das atacantes Lea Schüller, Klara Bühl e Selina Cerci, não terá tarefa fácil no Grupo C, no qual vão ter uma palavra a dizer a Suécia, semifinalista em 2022, campeã na edição de estreia (1984) e a seleção com mais participações em fases finais, juntamente com Itália, ambas com 14, Dinamarca e Polónia, esta última com menos argumentos nesta 'poule'.

No Grupo B, a seleção espanhola, atual campeã mundial e segunda do ranking FIFA, não deverá ter dificuldades para se impor, a começar logo na abertura com Portugal, que participa pela terceira vez seguida na competição e que nas edições de 2017 e 2022 ficou pela fase das 'poules'.

A seleção 'roja', recheada de jogadoras que ganharam o Mundial, realizado em 2023 na Nova Zelândia, vai apenas para a quinta presença, contudo, continua bastante forte, muito por culpa da liderança das 'Bolas de Ouro' Aitana Bonmatí (2023 e 2024) e Alexia Putellas (2021 e 2022), colegas de equipa de Kika Nazareth no FC Barcelona.

Na comitiva 'roja' consta a ponta de lança do Benfica Cristina Martin-Prieto, que poderá contribuir para as espanholas também confirmarem o favoritismo diante da Bélgica e Itália, as outras duas opoentes.

Para a equipa feminina das 'quinas' ter possibilidade de avançar pela primeira vez para os 'quartos', uma vitória a fechar a 'poule' com a Bélgica será obrigatória, ao passo que o duelo face à Itália poderá ser o que vai definir a passagem, já que na abertura será muito improvável as lusas consigam amealhar pontos.

Ainda assim, tendo em conta o crescimento da seleção comandada por Francisco Neto, prevê-se que a prestação da fase de grupos nas duas primeiras participações em Europeus sejam melhoradas, ou seja, ir além do quarto lugar.

Por fim, o Grupo A é composto pela duas vezes campeã europeia Noruega (1987 e 1993) Islândia, estas duas as favoritas a seguir em frente, face à Finlândia e a anfitriã Suíça, que abrirá o torneio contra as norueguesas.