O Talleres despediu-se, na madrugada de terça para quarta-feira, da Taça Libertadores, fruto da derrota sofrida na deslocação ao Estádio Cícero Pompeu de Toledo, perante o São Paulo, por 2-1, que o deixou no quarto e último lugar do Grupo D.
No entanto, mais do que os golos propriamente ditos, estão a dar as palavras do internacional venezuelano Miguel Navarro, que, após o apito final, alegou ter sido alvo de insultos racistas por parte de Damián Bobadilla, médio-defensivo paraguaio de 23 anos de idade que atua ao serviço dos brasileiros.
"É, realmente, lamentável falar deste tipo de coisas, mas, quando eles fazem o 2-1, o Luciano deu, praticamente, uma volta ao campo, e eu disse ao árbitro que se apressasse, que precisávamos de jogar", afirmou, citado pelo portal canarinho Globoesporte.
"O Bobadilla disse-me 'Vocês queimam sempre tempo', e eu disse 'Que tempo, se vocês estão a ganhar?'. Aí, ele chamou-me de venezuelano morto de fome, e eu fiz a denúncia", acrescentou o lateral-esquerdo, que ameaçou mesmo abandonar o jogo, em lágrimas.
"Eu quis sair de campo, mas, infelizmente, não tínhamos mais substituições. Por respeito ao trabalho dos meus companheiros de equipa, eu não quis sair e deixá-los com um a menos, mas a minha cabeça já não estava no jogo", completou.
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