Cristiano Ronaldo está na mira das autoridades iranianas por culpa de um possível crime. Há cerca de um mês, o português encontrou-se com a artista iraniana Fatemeh Hamami, que lhe ofereceu um quadro. Na sequência deste encontro, e após um beijo entre os dois, falou-se de que o luso podia ser condenado a 100 chicotadas, algo já desmentido.

Agora, Fatemeh concede uma extensa entrevista ao jornal argentino Olé. Nela, a artista iraniana lamenta toda a desinformação que se criou nos últimos dias, afirmando que não avançou com qualquer queixa e que Cristiano Ronaldo desconhecia a lei islâmica que não permite mostras de afeto e de carinho entre pessoas que não são casais.

"Estou com 85% do meu corpo paralisado porque, ao nascer, fiquei cinco minutos sem oxigénio. Eu era gémea da minha irmã e isso fez com que as enfermeiras e o médico não me conseguissem localizar", começou por dizer, justificando a sua deficiência, que a leva a pintar com os pés.

"As notícias falsas deixam-me muito triste e irritada. Fiquei muito contente por ver o Cristiano e por lhe entregar as pinturas. O Cristiano Ronaldo é uma pessoa extremamente profissional e com ética, que está sempre envolvido em grandes obras de caridade, e abraçou-me com amor e carinho", atirou sobre o assunto do momento.

"Advogados desempregados fizeram acusações contra ele sem a minha autorização ou a da minha família. No Irão, ele cometeu um crime por me abraçar, embora nunca tenhamos apresentado qualquer queixa... Estou muito grata ao Ronaldo pelo seu amor e carinho por mim. Espero que lhe aconteça o melhor na vida e no futebol", frisou ainda Hamami.

"Ninguém lhe contou nada sobre as leis do Irão e ele também não sabia, mas o abraço do Ronaldo foi por amor e carinho e não teve más intenções. Eu e a minha família não temos queixas sobre o assunto, apenas queremos negar as acusações contra o Cristiano. Ninguém tem o direito de o condenar quando ele não tem nenhuma queixa judicial. Em primeiro lugar, Cristiano Ronaldo desconhecia esta lei no Irão e, em segundo lugar, eu e a minha família não temos qualquer queixa, pelo que estes rumores e notícias são completamente rejeitados", vincou a artista, que sublinhou ter o sonho de conhecer o internacional luso.

"Foi um sonho [conhecê-lo]. Passei vários anos a desenhar os seus retratos e nem queria acreditar que este sonho se tornou realidade e que o Cristiano estava no nosso país e eu podia entregar-lhe os retratos. Eu sonhava há muito tempo em conhecê-lo. Quando o Al-Nassr jogou contra o Persepolis em Teerão, viajei com a minha família da minha cidade natal para me encontrar com o Cristiano no hotel onde a sua equipa estava hospedada. Foi muito precioso para mim. Fiquei muito feliz e ele deu-me a sua camisola de presente! Vou guardá-la como recordação.... É muito importante e valiosa para mim", finalizou.

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