No grupo dos empates, o FC Porto desempatou as contas e chegou-se à frente na tabela. Os dragões conquistaram o primeiro triunfo no Grupo A, chegando ao topo e ficando com um pé e meio nos quartos-de-final da Taça da Liga.

A equipa azul e branca não teve tarefa fácil frente ao Desp. Chaves, que impôs o seu bom jogo numa partida de grande exigência. Apesar das várias tentativas de ataque, a frente dos dragões foi anulada por várias vezes, não pelo centro da defesa flaviense, que pareceu fragilizado, mas pelos reflexos de Paulo Vítor na baliza.

Do outro lado, Cláudio Ramos deu um grande contributo para segurar a igualdade a zeros na primeira parte. A história na segunda parte foi diferente, julga-se que por intervenção pesada de Sérgio Conceição, que terá corrigido os erros ao intervalo. Danny Loader acabou por ser o jogador em destaque da partida, ao apontar dois golos e mostrar novamente serviço na ausência das grandes figuras do ataque portista.

Com este resultado, suado, mas merecido, o FC Porto é líder isolado do Grupo A da Taça da Liga, precisando apenas de um ponto na próxima jornada da prova. O próximo adversário será o Vizela.

A figura

Danny Loader, inevitavelmente, leva o prémio para casa. Foi o inglês quem colocou o FC Porto na frente, dilatando a vantagem quatro minutos depois. À falta do goleador azul e branco, Mehdi Taremi, que só entrou na partida perto do apito final, foi Loader quem vestiu o fato de finalizador, dando aos azuis e brancos o primeiro triunfo na Taça da Liga. Até Sérgio Conceição acabou por qualificar a resposta do inglês como "excelente".

A surpresa

Sandro Cruz foi um dos elementos em evidência na partida. Sempre muito interventivo no jogo defensivo do Desp. Chaves, o defesa, emprestado pelo Benfica, marcou pela diferença. Por várias vezes travou João Mário com sucesso, marcando igualmente presença no ataque de forma interessante. Acabou por ter azar ao lesionar-se aos 54 minutos, mas deixou bons indicadores. A sua saída do jogo acabou por afetar o trabalho defensivo da equipa, concedendo liberdade a João Mário para jogar no ataque. 

A desilusão

João Correia começou bem a primeira parte, ao tomar a iniciativa dos ataques do Desp. Chaves, mas não conseguiu dar seguimento à exibição. Num jogo em que se pedia calma aos flavienses, o defesa direito foi sempre mais ofensivo do que defensivo, deixou Galeno subir várias vezes no seu lado e obrigou Steven Vitória a correr riscos. É a João Correia que pertence a culpa do segundo golo de Danny Loader, depois de uma abordagem displicente a um lance em zona perigosa.

Os treinadores

Vítor Campelos

Mais uma partida promissora preparada pelo técnico do Desp. Chaves. Já frente ao Sporting, na I Liga, os flavienses msotraram-se em grande plano, com futebol muito positivo, transições de defesa para o ataque muito rápidas e uma confiança contagiante em campo. Passados alguns meses, a exibição foi replicada frente a outro grande do futebol nacional, mas acabou por ter um resultado diferente por culpa das melhorias do adversário.

Sérgio Conceição

Ficou chateado na primeira parte e com razão. A equipa produziu menos do que o esperado e não concluiu uma única oportunidade, deixando o jogo completamente em aberto de forma perigosa. O intervalo foi a chave, altura em que o técnico do FC Porto certamente leu o sermão aos jogadores. A exibição na segunda parte foi diferente, com mais velocidade, uma outra intensidade nas trocas de bola e até presença mais volumosa na grande área adversária.

O árbitro

Claúdio Pereira não teve grande trabalho, apesar de uma ou outra decisão aparentemente mal tomada. A de maior destaque, apesar de não ter tido qualquer influência no resultado final, foi a expulsão perdoada já em tempo de compensação a João Queirós, que foi agressivo na abordagem ao lance e ainda acabou o jogo em campo.

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