É hoje, sábado, que arranca o Rally Dakar de 2021 na Arábia Saudita. Todo o esforço de um ano culmina no início do mais duro rali do mundo para estes 440 participantes desta edição. O número de pilotos desceu 22% em relação ano passado, mas a prova promete ser intensa e traz consigo bastantes novidades. Já lá vamos.

Primeiro, apresentemos 'os nossos'. Serão 15 os portugueses em prova neste Dakar'2021 .

Automóveis: Ricardo Porém (Borgward) e Manuel Porém (navegador/Borgward); Filipe Palmeiro (navegador do piloto Benediktas Vanagas/Toyota). José Manuel Marques (navegador do piloto Gintas Petrus/MD Rally Optimus Evo3) 

Motos: Joaquim Rodrigues (Hero); Alexandre Azinhais (KTM); Rui Gonçalves (Sherco);  e Sebastian Buhler (Hero, luso-germânico vai correr com licença alemã).

Camiões: José Martins (Iveco); Nuno Fojo (navegador de Alberto Herrero/Man); Armando Loureiro (navegador de Jordi Iniesta/Man).

SSV: Rui Miguel Carneiro/Filipe Serra (MMP) e Lourenço Rosa/Joaquim Dias (Can-Am).

Chefe de equipa: Rúben Faria (Honda/motos).

Nesta edição número 43 do Dakar, que decorre de dia 2 a 15 de janeiro, os pilotos e equipas terão de enfrentar um prólogo e 12 etapas, com apenas um dia de descanso (9 de janeiro). O percurso na Arábia Saudita será novo e terá mais navegação para que se torne mais lento, de modo a ser mais seguro para os pilotos. É importante lembrar que na edição de 2020, Paulo Gonçalves e Edwin Straver morreram durante a realização da prova. Duas fatalidades que fizeram a Amaury Sport Organization (ASO) implementar novas medidas de segurança para 2021.

Prioridade na segurança dos pilotos

Como já referimos, a edição de 2020 do Rally Dakar ficou inevitavelmente ligada à morte de Paulo Gonçalves, piloto português, e de Edwin Straver, piloto holandês. Portugal parou ao saber da morte de um dos seus maiores ídolos do motociclismo na 7.ª etapa da prova do ano passado. 

O desaparecimento de Paulo Gonçalves chocou não só o nosso país, mas todo o mundo desportivo, e as novas medidas surgem com objetivo de minimizar o perigo - que sempre existirá - no Dakar.

Eis então as novidades impostas pela organização para 2021:

• Uso obrigatório de um colete com ‘airbag’ por parte de todos os pilotos de motos;
• Introdução de mais ‘waypoints’ nas zonas perigosas de modo a reduzir a velocidade dos pilotos;
• Todos os pilotos são agora obrigados a terem um curso de primeiros socorros;
• Pilotos vão passar a receber um sinal sonoro quando estiverem a 200 metros de zonas perigosas;
• Velocidades nas zonas de perigo passa a ser limitada a 90 km/h.
• Pilotos de motos passam a contar com um limite de seis pneus traseiros para toda a prova;
• Possibilidade de mudar apenas uma vez o ‘piston’ durante toda a prova.

Percurso

Nas palavras do diretor desportivo do Rally Dakar, David Castera, "a Arábia Saudita é um país grande e permite ter um percurso novo. Por isso só vamos repetir 50 a 80 quilómetros da edição de 2020".

O percurso, apesar de diferente, não foi o desejado devido à pandemia que não permitirá visitar os países desejados pela organização, mas conta com novidades. Os pilotos irão começar e terminar a prova na cidade de Jeddah, num total de 7600 quilómetros.

Esta edição de 2021 vai contar com uma etapa maratona e duas em ‘loop', ou seja, com partida e chegada no mesmo local, o que ajuda a minimizar a necessidade de deslocações. Destacar ainda que neste ano será introduzida a categoria Dakar Classic, para carros e camiões construídos antes do ano 2000.

Fique com o mapa das 12 etapas do Rally Dakar

Dakar 2021 Jeddah - Jeddah  7600km 100%  4700 km SS #Dakar2021 #DakarInSaudi pic.twitter.com/jYk6FhPTiW

— DAKAR RALLY (@dakar) November 25, 2020