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"Sporting tem um talento a explorar. O Daniel é um 'GPS' dentro de campo"

O Desporto ao Minuto partiu para a conversa com Joãozinho, defesa que partilhou balneário com Daniel Bragança no Estoril-Praia na última época. O médio que agora dá cartas na equipa principal dos leões foi agora analisado, a nível pessoal e profissional, pelo antigo companheiro de equipa.

"Sporting tem um talento a explorar. O Daniel é um 'GPS' dentro de campo"

Daniel Bragança é uma das estrelas que está a brilhar com mais intensidade no céu de Alvalade. Depois de uma época cedido ao Estoril-Praia, em que rubricou quatro golos em 22 jogos, o médio português, formado em Alcochete, não tardou em assumir a batuta e pegar de estaca no 'xadrez' de Rúben Amorim.

A temporada ainda não arrancou de forma oficial para os leões, por isso é cedo projetar cenários, todavia o Desporto ao Minuto partiu para a conversa com Joãozinho, defesa de 31 anos que partilhou balneário com o médio na época transata,  para nos revelar alguns detalhes do que podemos esperar do Daniel dentro e fora das quatro linhas em 2020/21.

E não tardou muito até que a "surpresa" para alguns, seja a confirmação de quem já o conhece bem de outras paragens.

"Não me surpreende em nada a qualidade que ele já está a mostrar no plantel do Sporting, até porque no Estoril-Praia ele exibia um rendimento muito elevado. Falamos de um miúdo com bastante maturidade e que aproveitou o ano em que teve emprestado ao Estoril-Praia para trabalhar, e muito, os seus tributos como jogador. Tenho a certeza de que o Sporting tem no Daniel um talento para explorar durante muitos anos", começou por dizer João Graça, conhecido no mundo do futebol como Joãozinho, e que nos elucidou pouco do primeiro 'raio-X' que tirou ao médio de 21 anos. 

"Cruzei-me com o Daniel durante dois meses, porque apenas cheguei em janeiro (de 2020). As primeiras coisas que me surpreenderam nele foram o empenho e trabalho que ele dedicava em cada treino, e a sua humildade. Sempre disse, desde o início, que a sua oportunidade no Sporting ia chegar", acrescentou o defesa de 31 anos, explorando um pouco mais o lado humano de Daniel Bragança.

Notícias ao MinutoDaniel Bragança em ação no Estoril-Praia© Global Imagens 

"O Daniel é muito tímido, mas tem um nível de companheirismo assombroso. Ele é reservado, mas depois começa a soltar-se e a revelar o seu lado mais pessoal em que mais uma vez, sublinho, pauta-se pela sua enorme humildade", complementou Joãozinho, antes de falar sobre o 'GPS' que o Sporting foi recuperar ao clube da Linha. 

"Ele adora ter sempre a bola consigo e não se esconde dela. Ainda no duelo frente ao Belenenses SAD vimos isso mesmo. Falamos de um jogador que tem por hábito percorrer mais de 10km em cada jogo que faz. É um GPS em campo, que corre muito, pode, às vezes, não parecer tão intenso, mas adora pautar os ritmos de jogo e assumir a batuta", refere Joãozinho, desvalorizando a estatura do médio (1,69m).

"Isso não o limita em nada, até porque ele ganha a maioria dos duelos aéreos. Falamos de um jogador tremendamente agressivo. A altura não se torna um handicap para o Daniel discutir esse tipo de lances".

Joãozinho esteve em Alvalade, por empréstimo do Beira-Mar, na época de 2012/13, e aproveitou nesta conversa para deixar alguns conselhos ao antigo companheiro de equipa. "A pressão é totalmente diferente. Jogar num grande é sempre diferente, porque a pressão e exigência é muito superior, nada se pode comparar. Um erro num grande é 10 vezes pior do que se suceder numa equipa pequena. Ali a exigência é ganhar sempre e quando se é miúdo, às vezes, não se tem o arcaboiço para aguentar a pressão. Se ele o conseguir vai ainda chegar mais longe".

O defesa luso aproveitou ainda para recordar a sua passagem pelo bastião leonino, então com 24 anos, e que culminou na pior época desportiva do Sporting (sétimo lugar) e uma enorme convulsão diretiva (em março de 2013 Godinho Lopes viria a ser destituído para dar depois lugar a Bruno de Carvalho.

"De Alvalade guardo a aprendizagem. Cheguei a um clube que estava perto da descida e que perto do final já quase aspirava às competições europeias. Guardo memórias de um clube que estava em ano de eleições, mas a sofrer uma enorme turbulência. Chegando lá, e com tão tenra idade, não foi fácil lidar com certas coisas. Muitas coisas falharam, todavia, hoje, com a idade que tenho, provavelmente tinha suportado outro tipo de coisas. O meu nível psicológico também é outro", asseverou Joãozinho que, agora no Estoril-Praia, não esconde o "amargo de boca" por ter visto a equipa sem hipóteses de discutir a subida, aquando da interrupção definitiva do campeonato da II Liga, em março deste ano (por força da crise sanitária).

"Fica sempre um amargo de boca, porém não se trata de um sentimento de injustiça, até porque a saúde está em primeiro lugar, todavia nunca saberemos se o campeonato tivesse sido retomado o Estoril-Praia não tinha subido à I Liga. A dúvida vai sempre ficar no ar", rematou.

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