A cumprir a sua quinta temporada na Juventus, Alex Sandro concedeu, nesta quinta-feira, uma entrevista ao canal de Youtube de Raiam Santos.
Uma entrevista na qual passou em revista os primeiros tempos na Vecchia Signora, bem como no FC Porto, onde o "patrão do balneário" era Lucho González.
O lateral brasileiro contou ainda a forma como aplicou o dinheiro no início da carreira profissional e a maneira como ainda "sofre" quando "gasta entre 300 a 400 euros numa noite".
Chegada à Invicta: Quando passei do Santos para o FC Porto, amadureci muito. Quando sais de casa, como eu fiz aos 15 anos, passas a ter outro pensamento, mas se algo acontecesse ainda estava no Brasil, com o apoio da minha família. Noutro país é diferente, fiquei sozinho. Claro que há o apoio do clube, mas, no final de contas, és tu e apenas tu.
"Patrão do balneário do FC Porto": Um dos melhores jogadores que tive como companheiro de equipa foi o Lucho González, no FC Porto, por causa da pessoa que era e da dedicação. Foi um dos melhores exemplos que encontrei. Sempre tive grande respeito por ele e foi quem mais me inspirou. Deu sempre o seu melhor e respeitava toda a gente, era ele o patrão do balneário. Eu era jovem e desde cedo percebi que tinha de ser como ele.
Primeiros tempos na Juve: O treino é muito duro a nível físico. Em todas as equipas duro, mas na Juventus ainda mais. Os primeiros três meses são muito duros para um jogador que chegue. Quando vim para cá do FC Porto, os primeiros dois meses foram complicados, as pernas estavam sempre cansadas, estava sempre a dizer aos treinadores que era muito pesado para mim, mas eles disseram-me que ia habituar-me.
Dinheiro gasto numa noite: Quando assinei pelo Atlético Paranaense, tinha 15 anos e ganhava 100 reais. O clube deu-me tudo: alojamento, comida, escola... Por isso eu gastava 50 reais e guardava os outros 50. A minha primeira conquista graças ao futebol foi quando poupei 300 reais e dei-os aos meus pais, para pintarem a fachada da nossa casa. Poderia ter comprado algo fútil, mas tinha de ajudar a minha família. Às vezes saio com a minha família e gasto uns 300 a 400 euros. Depois disso ponho-me a pensar quanto será aquilo convertido em reais e sinto-me até um pouco mal por gastar tanto numa noite. A minha família diz-me para não pensar nisso e apreciar a vida, mas também me sinto muito bem em ajudar os outros. No futuro quero criar uma fundação na minha cidade para apoiar crianças, não apenas no futebol, mas também nos estudos.