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"Há 2 anos, joguei em Anfield para 50 mil pessoas. Olha para mim agora"

José Enrique correu risco de vida quando, há menos de um ano, lhe foi diagnosticado um raro tumor na cabeça.

"Há 2 anos, joguei em Anfield para 50 mil pessoas. Olha para mim agora"
Notícias ao Minuto

13:32 - 04/02/19 por Notícias Ao Minuto

Desporto José Enrique

Com passagens por clubes históricos, como o Liverpool ou o Newcastle, José Enrique viu a sua vida ‘virar do avesso’ no passado mês de maio, quando lhe foi diagnosticado um raro tumor que o deixou às portas da morte.

Agora, em entrevista ao jornal britânico The Times, o ex-lateral-esquerdo faz a cronologia dos acontecimentos. Tudo começou apenas oito meses após pendurar as chuteiras de forma precoce, devido a uma série de lesões no joelho.

O antigo jogador estava a começar a trabalhar como empresário, pelo que agendou um jantar em Londres, com Chris Hughton, treinador do Brighton, com quem tinha partilhado balneário no Newcastle.

“As luzes estavam mesmo a incomodar-me os olhos. O meu irmão disse que, provavelmente, era uma enxaqueca. Tentei dormir nessa noite, mas a minha cabeça latejava de forma louca. Tudo estava em todo o lado e não conseguia aguentar”, lembrou.

“Chamei um médico ao hotel. Ele deu-me alguns comprimidos para me ajudar a dormir e disse que, se me continuasse a incomodar, faria alguns exames de manhã. Quando acordei, não conseguia ver bem do meu olho esquerdo. Disse ao meu irmão ‘Não estou bem, Estou assustado’”, acrescentou.

Foi então que José Enrique visitou o St. George’s Hospital, quando lhe foi diagnosticado um cordoma: “É um tipo muito raro de tumor, que pode desenvolver-se no crânio ou na coluna. É muito raro. Afeta uma pessoa num milhão”.

“Disseram-me que podia ter estado lá desde muito jovem, mas que tinha começado a crescer. É maligno e agressivo. Disseram que estava a pressionar o nervo, e era por isso que não conseguia ver do olho esquerdo. Disseram ‘Temos de operar. Não temos de o fazer amanhã, mas tem de ser o mais cedo possível, porque é um tumor e, quanto mais tempo lá estiver, mais danos pode causar’”, recordou.

O ex-jogador reconheceu que pensou que “ia morrer”, mas a operação a que foi sujeito, a 12 de junho, correu da melhor maneira. Ainda assim, não esquece os terríveis dias que se seguiram: “Durante cinco dias, não me conseguia mexer. Eles avisaram-me que, se me esforçasse, mesmo que ligeiramente, poderia causar demasiada pressão na cabeça. Isso incluía… sim, coisas de casa de banho”.

“Tentei aguentar, aguentar, e, eventualmente, não consegui mais. ‘Traz-me o bacio’, disse à Amy [sua mulher], ‘Há dois anos, joguei em Anfield para 50 mil pessoas. Olha para mim agora, preso à cama, a fazer as necessidades num bacio’. Tentámos brincar com isso, mas eu ficava muito afetado às vezes. E não conseguia chorar. Um dos efeitos secundários foi que deixei de conseguir produzir lágrimas”, lamentou.

Agora restabelecido, José Enrique irá realizar novos exames em abril, para “ter a certeza” de que o tratamento funcionou: “Eles dizem que há 95 a 97% de probabilidade de que tenha desaparecido. Claro que espero que assim seja. Depois disso, vai haver mais consultas de rotina. Vou andar em consultas durante, mais ou menos, o resto da minha vida”.

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