Audiências da transmissão direta dos Óscares na TV subiram em Portugal
As audiências da transmissão direta da 90.ª edição dos Óscares, em Portugal, contou com mais 45 mil espetadores, face a 2017, num total de 428 mil, contrariando a tendência internacional, segundo a agência de meios UM.
© Getty Images
Cultura UM
Transmitida em direto pela SIC, as audiências da cerimónia, em Portugal, ultrapassou os valores de 2017, que se situaram nos 383 mil, com o auge a ocorrer após o início, com a chegada dos convidados à passadeira vermelha, enquanto os valores internacionais apresentaram uma "queda significativa" este ano, sobre 2017, segundo a agência de meios do grupo IPG Mediabrands.
De acordo com a UM, em Portugal, a audiência do canal generalista da SIC manteve um interesse constante na cerimónia até perto das duas da manhã de segunda-feira, verificando-se uma queda progressiva de espetadores, a partir dessa hora.
A SIC, que fez a transmissão direta da cerimónia de entrega dos Óscares, na noite de 4 para 5 de março, obteve uma audiência total acumulada de 428 mil espetadores, para um valor médio de 154 mil, o que corresponderá a um 'share' de 12,8%.
A maior mobilização de público, de acordo com os dados da agência de meios, verificou-se por volta da meia-noite, quando atingiu os 284 mil, e, a mais baixa, no fecho da emissão, com cerca de 37,4 mil.
Entre 2015, ano em que a SIC iniciou a transmissão direta a entrega dos Óscares, e 2018, as audiências globais da cerimónia oscilaram entre os 334 mil e os 428 mil espetadores, respetivamente, tendo o ano de 2017 registado uma ligeira quebra em relação a 2016, de 387 mil para 383 mil espetadores.
Dos valores registados pela agência de meios UM, em Portugal, da chamada "noite dos Óscares" - dados que remontam a 2001 -, o valor mais alto de audiência total situa-se em 2006, com 962,3 mil espetadores, quando a cerimónia era transmitida pela TVI.
A audiência dos Estados Unidos foi a mais baixa de sempre, com uma queda de 19% em relação ao ano passado.
A 90.ª cerimónia dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que decorreu no Teatro Dolby, em Los Angeles, atribuiu os óscares de melhor filme e melhor realização ao filme "A Forma da Água", de Gulherme del Toro, enquanto "Três Cartazes à Beira da Estrada", de Martin McDonagh, teve as interpretações reconhecidas, com os óscares de melhor atriz, para Frances McDormand, e de melhor ator secundário, para Sam Rockwell.
A cerimónia ficou marcada pelos discursos de apoio aos movimentos contra o abuso e o assédio sexual, de apoio aos imigrantes "Dreamers" (sonhadores) e contra diferentes formas de discriminação.
"O que aconteceu com Harvey [Weinstein] e o que está a acontecer por todo o lado era há muito devido", disse o anfitrião da cerimónia, Jimmy Kimmel, referindo-se às denúncias de abusos que eclodiram no final de setembro passado. "Não podemos continuar a deixar passar o mau comportamento. O mundo está a olhar para nós, precisamos de ser um exemplo", afirmou.
A crítica às políticas de Trump esteve sempre presente nas declarações de atores e realizadores, durante a cerimónia, mas o seu nome nunca foi pronunciado.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com