Prémio a Agualusa é "etapa de afirmação" do Português
O chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, felicitou hoje o escritor angolano José Eduardo Agualusa pela atribuição do prémio literário internacional de Dublin, considerando a distinção como "mais uma etapa de afirmação" da língua portuguesa.
© Reuters
Cultura Jorge Carlos Fonseca
Numa mensagem enviada ao escritor e hoje divulgada pela Presidência da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que em breve lançará o seu primeiro romance, manifesta "muita satisfação", como chefe de Estado e como cidadão, pela atribuição do prémio ao escritor angolano.
"Apraz-me verificar como a sua carreira literária, intensa, prolixa, séria e deveras muito qualificada, na esteira dos grandes vultos que, no passado, colocaram a sua escrita ao serviço da causa da justiça e das pessoas, conhece hoje novos horizontes", escreveu.
Para Jorge Carlos Fonseca, a "distinção e o reconhecimento da obra são também mais uma etapa na afirmação desta língua que falamos e com a qual vimos construindo, progressivamente e não sem alguns constrangimentos, uma comunidade de afetos, e que está presente no quotidiano dos nossos povos".
"As nossas histórias também são feitas pelos homens de letras que sabem descodificar e dar sentido belo e justo ao rumor dos dias e não se acantonam a um mero circundar as veredas das paixões, mas também ajudam a interpretar as ansiedades, fixando o húmus do nosso tempo, mantendo vivos o sonho e a esperança, sobretudo dos que não têm voz e sentem, pois, mais pulsão pela justiça e pela liberdade", acrescentou.
O escritor angolano José Eduardo Agualusa foi distinguido, quarta-feira, na República da Irlanda, com o prémio literário internacional de Dublin, pela tradução inglesa do romance "Teoria Geral do Esquecimento".
José Eduardo Agualusa repartirá o prémio, no valor de 100 mil euros, com o tradutor Daniel Hahn.
O prémio literário é gerido pelas Bibliotecas Públicas de Dublin e o processo de nomeação dos escritores foi feito por mais de 400 bibliotecas a nível mundial.
No prémio literário internacional de Dublin eram também finalistas o escritor moçambicano Mia Couto, com a tradução de "A Confissão da Leoa", e a escritora nigeriana Chinelo Okparanta, a quem José Eduardo Agualusa dedicou também o prémio, por ajudarem a repensar e a divulgar o continente africano.
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