O ciclo é ele mesmo uma pergunta, como escreve a Cinemateca na nota de programação: 'Para onde estão a ir os novos realizadores portugueses?'.
Ao longo deste mês vão ser exibidos mais de 30 filmes, que refletem "um universo muito amplo e dificilmente demarcável", de realizadores que nasceram "no período histórico pós-1974" e exibiram o seu cinema "já depois da viragem do século".
A abertura da programação dá-se com filmes que representam dois momentos distintos do percurso de João Salaviza, de 33 anos: a curta-metragem 'Arena', que lhe valeu o prémio máximo de Cannes, e a primeira longa-metragem, 'Montanha', de 2015.
Tal como estes dois filmes, outras escolhas do ciclo terão primeira exibição na Cinemateca, já depois de terem feito ou continuarem a fazer percurso por festivais e programações internacionais.
Tais são os casos de 'É na terra não é na lua', documentário de Gonçalo Tocha sobre o Corvo, a mais pequena das ilhas dos Açores, e 'A nossa forma de vida', de Pedro Filipe Marques, ambos premiados no DocLisboa, em 2011.
O programa contará ainda com três "triplas": "A minha mãe é pianista", 'Entrecampos' e 'Maria do Mar', de João Rosas, e 'Incêndio', 'Outubro acabou' e 'Confidente', coassinados por Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman.
Destaque ainda para a escolha de 'Rhoma Acans', filme de escola de Leonor Teles, e 'Balada de um batráquio', com o qual a realizadora, de 24 anos, venceu o Urso de Ouro de melhor curta-metragem em Berlim, em 2016.
Este programa da Cinemateca em torno do cinema português irá prolongar-se por abril e maio, tendo apenas sido anunciados os realizadores em destaque, entre os quais Marta Pessoa, Cláudia Varejão, André Gil Mata, António da Silva, Carlos Conceição, Gabriel Abrantes, Rodrigo Areias, Patrick Mendes e Diogo Costa Amarante, premiado no mês passado com o Urso de Ouro em Berlim por 'Cidade Pequena'.