Estação Teatral estreia peça inspirada na visita de Kubitschek ao Fundão
A ESTE-Estação Teatral vai estrear, no Fundão, a segunda parte de uma trilogia dedicada à Avenida da Liberdade, sobre a visita que antigo presidente do Brasil Juscelino Kubistchek fez, em 1963, àquela cidade.
Cultura Teatro
A estreia está marcada para dia 29 de outubro e a peça mantém-se em cena até 15 de novembro, no auditório d'A Moagem, seguindo todas as normas de segurança estabelecidas pela Direção Geral da Saúde no âmbito da pandemia, refere a ESTE em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Com o nome 'A Avenida, de Salazar a Kubitschek', a peça cobre agora as vivências da emblemática artéria fundanense na década de 60 do século XX e representa a 40.ª criação desta companhia de teatro, que está sediada no Fundão, distrito de Castelo Branco.
"Num trabalho de fôlego, ao longo de três anos, que se articula num tríptico de encenações, a ESTE desenvolve um retrato social e político de um país distante mergulhado em atavismos vários onde o poder central e a igreja governam a seu bel-prazer", explica.
A ESTE lembra que, se na primeira parte da trilogia, em 2019, homenageou os lojistas e os seus clientes, "agora foca-se exclusivamente na vinda do ex-presidente do Brasil Juscelino Kubistchek, o "Presidente Bossa Nova", à cidade, naquele que foi um desfile presidencial (ou de campanha eleitoral brasileira), que visou essencialmente provocar o Estado Novo e trouxe, logo a seguir, consequências para alguns setores da sociedade, principalmente o Jornal do Fundão".
A peça também propõe uma reflexão sobre "o que significou, em 12 de janeiro de 1963, a insuspeita cidade do Fundão gritar a plenos pulmões, pela Avenida Salazar, através de uma multidão nunca ali vista, como se não houvesse amanhã, 'Brasil! Brasil! Brasil! Brasil!'"
"Num fundo de cores cinzentas irrompe insuspeitamente o verde, azul e amarelo", é lembrado.
O espetáculo conta com dramaturgia e encenação de Nuno Pino Custódio em cocriação com Joana Poejo, Patrícia Raposo, Pedro Fino e Tiago Poiares.
A interpretação é de Joana Poejo e Tiago Poiares, a conceção plástica é de Patrícia Raposo e o desenho de luz de Pedro Fino.
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