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"Governo tem tratado aposentados de forma cruel e desumana"

A antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, dificilmente poderia ser mais crítica face à medida anunciada pelo Governo respeitante à convergência entre os pensionistas do Estado e os reformados do sector privado. Nesta senda, para a também antiga líder do PSD, “o Governo tem tratado os aposentados de uma forma muito cruel” e mesmo “desumana”. Ferreira Leite, que falava na TVI24, afirmou ainda que se esta medida passa o Executivo cai.

"Governo tem tratado aposentados de forma cruel e desumana"
Notícias ao Minuto

23:44 - 09/05/13 por Elsa Pereira

Política Ferreira Leite

“É uma coisa verdadeiramente bizarra, sem hipótese sequer de ser discutida em concertação social”. Assim descreve a antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, a intenção anunciada pelo secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, relativa à convergência entre o sector público e privado que leva a 10% de cortes para quem já se aposentou.

Na opinião daquela que também já foi líder do PSD, existe por parte do Executivo de Pedro Passos Coelho “uma fixação com os rendimentos dos reformados” por forma a “colmatar brechas nas contas públicas”, considerando que o “Governo tem tratado os aposentados de uma forma muito cruel” e quase “desumana”.

Para Manuela Ferreira Leite, tendo o ministro dos Negócios Estrangeiros e responsável pelo CDS, Paulo Portas, estabelecido como “fronteira que não pode deixar passar” a taxa adicional sobre os pensionistas aflorada pelo primeiro-ministro, não faz qualquer sentido debaterem-se estes cortes de 10%. Até porque, seguindo uma linha coerente, se “a medida avança, o Governo cai”.

“Deixa-me perplexa como é que isto vem a público”, reforçou a ex-ministra das Finanças, classificando de “inimaginável” pensar-se na aplicação de retroactividade a esta medida.

Ferreira Leite observou ainda que “já não estamos numa situação de emergência, já não se pode utilizar essa ideia. A ida aos mercados é disso exemplo”, frisando que “há uma quebra de confiança fatal entre cidadãos e Governo”.

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