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"Ao dar muitos direitos às mães podemos penalizá-las", alerta Cristas

A dirigente centrista defende que as medidas de incentivo à natalidade não devem recair apenas nas mães.

"Ao dar muitos direitos às mães podemos penalizá-las", alerta Cristas
Notícias ao Minuto

23:52 - 04/05/16 por Carolina Rico

Política CDS

O CDS vai requerer a votação do pacote de iniciativas de incentivo à natalidade no final do debate agendado pelos centristas para quinta-feira e defende que estas devem incidir tanto sobre as mães como pelos pais.

“Os países que foram mais bem-sucedidos nestas políticas foram aqueles que conseguiram melhor partida de tempo entre pai e mãe”, defendeu Assunção Cristas em entrevista na RTP3.

Entre o pacote centrista dedicado à demografia, natalidade e família, que inclui 14 projetos de lei e 13 projetos de resolução, está, por exemplo, que a licença obrigatória para o pai passe de 15 dias para 30 dias.

Sem caráter obrigatório propõe-se licença parental de sete meses (se cada um dos progenitores gozar, em exclusivo, 60 dias seguidos ou 30 mais 30).

É preciso “saber se quando estendemos muitos direitos e muitas licenças para as mães na prática não as estamos a penalizar no mercado de trabalho, por poderem ser vistas como alguém que traz problemas a uma empresa”, alertou a líder do CDS.

Questionada sobre que impacto teriam estas medidas nas contas públicas, Assunção Cristas admite que “há medidas que são neutras”, que não terão grande “impacto orçamental”.

Como a licença pré-natal de duas semanas paga a 100% (sem necessidade de fazer prova da existência de risco clínico) “porque as mulheres acabavam por tirar baixa o que traz incerteza: a segurança social acaba por pagar a baixa, mas as empresas não se podem preparar”.

Já licença alargada a sete meses para o pai “terá certamente impacto”, admite lembrando, por outro lado, que não será de carater obrigatório.

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