PSD recupera tradição da volta à ilha dez anos depois
Uma década depois, o PSD recuperou hoje a volta à ilha da Madeira em campanha eleitoral, onde pela manhã o cabeça de lista às legislativas, Miguel Albuquerque, ouviu muitas palavras de apoio e conviveu com simpatizantes e militantes.
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Política Eleições na Madeira
A caravana automóvel partiu cedo do Funchal e, como previsto no programa, chegou cerca das 09:00 à Ribeira Brava, onde houve tempo para, apesar do assumido cansaço, cumprimentar algumas dezenas de apoiantes e trocar uns dedos de conversa.
Junto a um café que ficou subitamente cheio, Miguel Albuquerque contou à Lusa que "muitos militantes reclamavam" o regresso da iniciativa, que implica a passagem em todos os concelhos e freguesias da ilha e o progressivo aumento da coluna de carros, e mostrou-se satisfeito com a adesão já conseguida no arranque da caravana.
Depois de na quinta-feira ter falado perante mais de cinco mil pessoas, segundo a organização do comício no Tecnopolo, o também líder do PSD regional não se estende nas palavras ao último e 13.º dia de campanha, além das conversas que vai tendo com os apoiantes.
Mesmo assim, ainda se arranja uma mensagem, com o apelo ao voto: "Neste momento o nosso objetivo é ter um quadro parlamentar estável que permita políticas, ao longo de quatro anos, consistentes. Se não tivermos uma maioria absoluta, as coisas tornam-se muito mais difíceis em termos de governação, não tenho dúvidas".
À chegada ao Loreto, a fila tinha já algumas centenas de carros. Nas viaturas ou na rua, os apoiantes exibiam bandeiras, cachecóis e t-shirts do partido, entoando aqui e ali palavras de apoio, acompanhados por buzinas.
Enquanto se pediam mais bebidas no café, onde se ouviu novamente falar em maioria absoluta, uma guia dizia em inglês a um grupo de turistas que era uma sorte pode assistir ao "grande evento", tendo em conta a interrupção da tradição dos últimos anos.
Quando a Lusa pediu ajuda a um participante para tentar perceber a dimensão da caravana, a resposta alongou-se numa descrição da "força" do PSD no arquipélago: "Esteve ontem no Tecnopolo? Foi incrível. E hoje vai ser também".
O programa da volta à ilha prevê um almoço em São Vicente e tem como último ponto de passagem, às 19:30, São Gonçalo.
É comum ouvir na ilha que o presidente cessante do executivo regional, que governou com maioria absoluta durante quase 40 anos, cumpria o percurso com vários momentos parecidos com comícios.
Hoje, o social-democrata Alberto João Jardim, que esteve ausente da campanha para as eleições de domingo, vai inaugurar um barco de pesca no Caniçal e uma parte das obras do novo cais de cruzeiros do Funchal, obra contestada por Miguel Albuquerque quando era presidente da Câmara.
Jardim pediu a exoneração do cargo depois de ser substituído por Albuquerque na liderança do PSD/Madeira.
Onze forças políticas -- oito partidos e três coligações - concorrem às legislativas antecipadas na região.
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