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Verdes acusam Passos de confundir "progresso" com "o sacrifício"

A deputada ecologista Heloísa Apolónia acusou hoje o primeiro-ministro de confundir "progresso" com "o sacrifício de um povo" e de "gabar-se" da execução orçamental quando foi tudo conseguido "à custa do empobrecimento" do país.

Verdes acusam Passos de confundir "progresso" com "o sacrifício"
Notícias ao Minuto

13:52 - 30/01/15 por Lusa

Política Heloísa Apolónia

"Veio dizer: 'As pessoas que despedimos, as prestações que retirámos a quem precisava, o empobrecimento dos portugueses, a fragilização dos serviços públicos, foi uma maravilha para nós porque permite dizer que o esforço da consolidação foi feito largamente à custa da despesa'", atirou a deputada do PEV.

Durante o debate quinzenal, na Assembleia da República, Heloísa Apolónia criticou o Governo por não avançar com a construção do Hospital do Seixal e acusou Passos Coelho de "desvalorizar o aumento dos impostos".

"Não sei porque não disse que o IRS subiu em 540 milhões de euros, mas que o IRC desceu praticamente no mesmo montante, 580 milhões de euros. Aquilo que os trabalhadores pagaram a mais, as empresas pagaram a menos, as grandes empresas", criticou.

"O sacrifício de um povo é aquilo a que chama de progresso", acrescentou Heloísa Apolónia.

Por seu lado, Passos Coelho considerou o discurso da deputada ecologista "um bocadinho histriónico" e omisso em relação aos problemas de financiamento e endividamento do país.

O primeiro-ministro afirmou que "a generalidade dos portugueses estão satisfeitos" por a questão do memorando de entendimento "ter ficado arrumada" e que as medidas de consolidação "foram indispensáveis" para Portugal evitar um segundo resgate ou uma "trajetória insustentável da sua dívida".

"Eu venho aqui mostrar que cumpri aquilo que era preciso cumprir, se o país tinha um Orçamento que tinha gerado um défice de quase 11%, 11% em 2010, e não havia quem nos emprestasse dinheiro, está à espera de quê? Que o Governo aumente a despesa? Deve considerar com certeza que se não temos dinheiro para gastar temos de gastar menos, parece-me que esse é um bom programa, não acha?", interrogou.

"Porque não progredimos nós no nosso debate no parlamento, porque quer a senhora e os Verdes trazerem sempre à discussão de um passado que está resolvido para esta atualidade?", perguntou novamente.

Heloísa Apolónia acusou Passos de não responder às perguntas e de apresentar "sempre o mesmo discurso feito".

"Eu disse que há dinheiro, quando não havia desceram o IRC às grandes empresas, abdicaram de receber dinheiro e sacrificaram os trabalhadores, fizeram opções muito claras, não pode dizer que não havia dinheiro, havia dinheiro para aquilo que quiseram, para o que não queriam era só sacar a quem trabalha, o senhor demonstrou que vale tudo para atingir o fim a que se propuseram, se for preciso espezinhar os portugueses, empobrecer mais os portugueses, não há problema", afirmou.

A deputada do PEV exigiu ainda a Passos a divulgação dos resultados de uma inspeção ambiental à ação da EDP na Barragem do Tua, lançado em julho do ano passado.

"Passaram seis meses e ninguém conhece o resultado dessa inspeção (...) desconfio que a EDP não cumpre aquilo que deveria cumprir, o Governo em vez de penalizar a EDP o que faz é esconder o resultado dessa inspeção", disse.

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